sábado, 9 de fevereiro de 2008

Devaneios sobre algo que não é concreto

Agora, agora estou no meio de três coisas.... Ouvir uma música que se chama "Endlessly, she said", escrever este texto e escrever citações do Vai Aonde Te Leva O Coração num daqueles livros de apontamentos com ilustrações de autores muito conhecidos: pintores, escritores, músicos.... no meu caso é uma ilustração com um "close-up" de um quadro de Van Gogh.

Estou de férias, mas nem o parece.... parece que, a cada dia que passa, o turbilhão de informação que me rodeia alastra e fica com cada vez mais força. Resultado: cabeça em água e enxaqueca à mistura, que apenas confundem mais a minha cabeça.

Mesmo assim, imagino, imagino e imagino o que poderá acontecer se, ou melhor, o que poderia acontecer se.... de repente deparo-me com uma das citações do livro que marquei "....não se pode imaginar com uma situação que não se viveu....".... lembro-me de, em uma das aulas de Gramática da Comunicação, falarmos que a imaginar é presentificar, e apenas se pode tornar presente o que adveio de experiências pessoais - porque só assim sabemos como realmente é o que tentamos tornar presente - e está patente nas redes mentais (memórias etc.).... creio, então, que fantasio, nada mais que isso, porque não as situações são todas inventadas - hipotéticas - e não as senti, não as sinto neste momento.... e, provavelmente, jamais as sentirei.... por que nada do que "imaginamos" decorre exactamente igual à fantasia.... Deve ter sido este o raciocínio de Susanna Tamaro ao escrever esta citação....

Agora, nem sei se concordo com ela.... mas também não apetece escrever aqui as razões da discórdia.... Não me apetece escrever mais nada....



Apenas me resta dizer:
"I will wake for you,
Endlessly"

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