terça-feira, 13 de maio de 2008

A Alice

A Alice está triste.

Ela tende a gerar muitas expectativas sobre as coisas - sobre todas as pequenas coisas. Depois, desilude-se, graças a ela mesma, porque colocou demasiadas expectativas em coisas que não valiam tal.
Ela pensa sempre que as coisas são melhores do que realmente são, pensa que as pessoas podem ser realmente boas. Depois, fica triste.
Diz-se estranho, ficar desiludida - há quem diga que as desilusões advêm de coisas que com as quais já estamos familiarizadas, que o ideal, neste contexto seria dizer desapontamento, desengano, no máximo - mas não, ela fica mesmo desiludida, porque ela julga sempre as pessoas pelo seu melhor, julga sempre as coisas pelas suas boas qualidades. Tende a estar de braços abertos para toda a gente. Mas, por isso, irão surgir os desencantamentos do mundo maravilhoso que formou nos seus pensamentos.
E cai. E fica em pedacinhos pequeninos. E chora. Chora muito - interiormente. Odeia-se por isso.
Depois, volta a ver as coisas belas do mundo. Não o consegue evitar - afinal, quem é odiosa é ela e não o resto porque ela é quem coloca as demasiadas expectativas nos outros (e mesmo em si também o faz).

E depois, fica alegre, muito alegre e cheia de fantasia. Até a tragédia recomeçar.


É o ciclo da Neverland onde a Alice habita.... e ela não quer habitar outro sítio se não este, porque este é o mundo com o qual ela está sempre a aprender.

1 fantasias:

Alice disse...

Eh pá, encontrei uma homónima! lol E a Educação Básica é mais para Educação de Infância ou 1º Ciclo? ;) Estás a gostar?