sábado, 17 de maio de 2008

Parar no tempo I

Por vezes, páro um pouco no tempo e indago-me sobre o que estão a sentir e pensar as pessoas que passam por mim na rua.
Por vezes, páro no meio da multidão agitada e penso para mim mesma se as outras pensarão que eu penso que o tempo parou.

Gostava de ter o poder de parar o tempo e conseguir olhar as pessoas por dentro - ser elas por aquela infinidade de tempo.
Gostava de poder controlar o que sinto e penso, de conseguir esconder certos sentimentos e demonstrar outros.




Mas, mesmo sem esses poderes, sinto-me feliz por ter pensamentos e sentimentos, de ser humana.
De poder sentir, tudo o que é de bom e mau, de poder pensar, todas as formas de pensamento, até aos mais excessivos e aos mais descontraídos.

Sou feliz ou infeliz porque o sou, não pelo que os outros são ou pelo que tenho - essas não devem ser as verdadeiras razões por se ser feliz ou infeliz, devemos sê-lo por razões interiores, somente nossas.
Se um dia estou feliz e noutro não, que seja por mim e não pelo tempo, pelas pessoas. Por mim, porque não gostei de uma atitude que tomei, por não ter tomado alguma atitude. Por ter reprimido ou expressado demais os meus sentimentos e pensamentos. Por ter sido ou não sido "eu" em excesso.

Mas vocês também têm um papel activo nisto, pois a maior parte das acções que tomo são sobre, por e para pessoas.... para vocês.... até para ti.... Acho que tu ainda és mais neurofrénico ou bipolar que eu.... um Pessoa em carne viva, que despreza ou desconhece o seu talento natural tão visível por uma parte ou pela totalidade das restantes pessoas que te rodeiam...."há muitos tu mesmo".... qual deles será o que mais domina aí dentro? Ou é partes em iguais?

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