quinta-feira, 31 de julho de 2008

Amor versão LGBT

Enquanto o meu poster da Audrey Heburn anda com vontade de se atirar para cima de mim, cada vez que se descola da parede, e vejo um comentário do Blog da Ragazza penso no local onde o comprei: Madrid.

Durante a minha - curta - estadia em Madrid, pude presenciar a uma grande celebração: Parada del Orgullo LGBT (traduzindo: Desfile do Orgulho Lésbico, Gay, Bisexual e Transexual). Tal fez-me recordar pensamentos da altura, um texto que escrevi - não aqui, mas num caderno.

"Amor para Todos

Porque é que se discrimina quem ama pessoas de raças diferentes? É apenas a cor de pele e a origem que muda....

Porque é que se discrimina quem ama aquele que é do mesmo sexo? Se formos bem a ver, somos nós mesmos que muitas vezes aplicamos expressões do género "Se fosses homem, namorava contigo" ou então "Antes fosse homem/mulher [indicando o mesmo sexo que nós], já que @s mulheres/homens [sexo contrário ao nosso] são todos iguais..."

Porque se discrimina quem ama ambos os sexos? Mais escolha têm...

Porque se discrimina quem ama aquele que foi o seu anterior sexo? A pessoa em causa realmente sente que é do sexo oposto, por isso, nem problemas de mentalidade fechada deveria haver...


O Amor não tem fronteiras. Ou, pelo menos, não as deveria ter, segundo o dito popular. Mas as pessoas impõem fronteiras onde não existem, porque o Amor é entre dois seres, não interessa o sexo, raça, idade... o Amor é, segundo este artigo da Wikipedia: «...formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objecto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e alimentar as estimulações sensoriais e psicológicas necessárias para a sua manutenção e motivação.», ou seja, não se refere aqui que não há Amor entre pessoas se estas não são da mesma raça nem têm as mesmas orientações sexuais que as pessoas heterosexuais.

Se calhar, tal se deve ao facto dos Homens gostarem sempre de implicar com o próximo, porque há animais que, mesmo sendo de espécies diferentes, acasalam; há animais com comportamento homosexual e, segundo um psiquiatra - Dr. Richard Pillard - também bisexuais, bem como transexuais - tal como é referido no livro
Biological Exuberance : Animal homosexuality and Natural Diversity: "...more than 190 species in which scientific observers have noted homosexual or transgender behavior. ".


A toda a gente: Amem e deixem Amar!"

À Ragazza e ao Orgulho LGBTH
(também ao heterosexual,
o que importa é Amar!)






P.s.- também acredito que há diferentes tipos de amor, pois uma Amizade também é uma afeição, logo é um tipo de amor, Amor-Amigo.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Bolonha

Sim, este já tão saturado tema outra vez. Mas desta vez, visto por uma pessoa que está nele e que recebe opiniões de muitas outras pessoas - de vários graus de ensino.


Digamos que, após o primeiro ano de faculdade, posso concluir que o Processo Bolonha não trouxe só desvantagens, mas, que as tem, tem.

Pelo menos, no meu curso - Educação Básica - o que têm tentado elaborar é um curso que nos dê formação para sermos educadores de infância ou professores do 1º ciclo de ensino básico ou professores do 2º ciclo do ensino básico, bem como para trabalharmos em contextos de educação não formais.

Tal até pode ser favorável, na medida em que nos dá uma formação mais ampla, mas também nos dá formação excessiva em áreas que, se calhar, não vão ser aquelas em que queremos e iremos trabalhar. Por exemplo, uma pessoa que antigamente estaria em educação de infância e agora esteja em básica, tem unidades curriculares para o nível do antigo curso da variante de matemática e ciências - cujas pessoas que o seguiam, geralmente, vinham de ciências e tecnologias -, tais como matemática para um nível mais complexo que os professores do 1º ciclo necessitam, nem falando dos educadores de infância.

Não estou a querer dizer que não é importante todos termos matemática, nada disso.
Apenas tento referir que, possivelmente, o melhor seria que, já que o curso tem tantas áreas diversas, o melhor poderia ser, num ano ter-se disciplinas mais "genéricas", noutro as de educação de infância e algumas de 1ºciclo, no último as de 1º ciclo e matemática e ciências, como se cada ano fosse especializado numa das áreas, o que não aconteceria com as unidades curriculares de "Iniciação à Prática Profissional", para permitir aos alunos estarem nas áreas onde pretendem exercer.


Outra opinião sobre Bolonha, é que, no fundo, o que pretendem é que não durmamos, satisfaçamos as necessidades fisiológicas e biológicas nem tenhamos vida própria.... ou seja, que não se faça nada mais para além de estudar e elaborar trabalhos e respectivas apresentações, pois as horas de trabalho autónomo não são lá muito realistas (um trabalho nunca demora apenas as duas horas semanais a ser elaborado, como muitas vezes se estima nem se demora - vá, adicionando as horas semanais todas - apenas um dia a estudar para uma frequência, muito menos tendo que elaborar trabalhos e as respectivas apresentações....).

Em média, daria cerca de dez horas por dia de aulas e trabalho autónomo, mas nós sabemos que há dias da semana em que não temos aulas e noutros em que, se temos seis horas de aulas, mais as oito ou nove horas a dormir e aproximadamente duas horas para nos prepararmos, deslocarmos, comermos, etc - 6+8+2=16, e ainda faltam lá as horas de trabalho autónomo/aulas que restam, que são quatro, 16+4=20, sobram-nos 4 horas, maaaaas, tal não se sucede, porque posso dizer que o meu horário era cheio de furos estúpidos, que mal dão para se aproveitar para trabalhar - pois são curtos (cerca de meia hora, uma hora em alturas estranhas, entre aulas) - e, para comer, muito longos. Eram quase tempos mortos.

Ou seja, cerca de uma hora diária seria para esses intervalos, e mais um pouquinho para os lanche, digamos meia hora, pois nos lanches também se vai tirar cópias e tais, 20+1,5=21,5 , o estudante tem, então, 24-21,5=2,5 horas, duas horas e meia para si mesmo. Agora, vejam que há pessoas que demoram uma hora ( ou mais) a chegar a casa.... lá se foram essas horas.

Vão dizer "trabalhem no fim-de-semana", e é o que fazemos, mas o fim-de-semana também tem desvantagens, pois há grupos que não se podem reunir nessas alturas, devido à distância que separa os seus membros, e todos temos o direito de estar com a família, suponho.


Também, outra coisa mal em Bolonha: demasiados trabalhos de grupo, onde os grupos até podem ser diferentes e muitas pessoas se "colam" a outras e tiram sempre boas notas por causa disso. Era fazerem orais sobre os trabalhos.... não me importava nada, tal como as pessoas que trabalham a sério no trabalho que elaboram....


Beijinhos da Alicia, perdão, Alice!

domingo, 20 de julho de 2008

Férias

Porque não têm sido lá muitas.... também, ninguém me manda estar a fazer "melhorias" (creio que vão ser mais para o "piorias") às disciplinas em que é mais difícil subir a nota no meu curso: Gramática da Comunicação e Linguagem, Lógica e Comunicação (sim, sim parece que há um certo padrão por causa da "omunicação", mas garanto-vos que Gramática é mais Semiótica que outra coisa e Lógica é, bem, ainda não entendi muito bem o que é, mas talvez seja condição necessária e suficiente não comer nem dormir, para além de ter de gostar muito da "stôra" - quem a tiver, entende - para conseguir entender aquilo para ser bem sucedida no exame)....

Começo a reconhecer que estou numa fase inicial de uma loucura, uma vez que não me é possível parar de pensar incessantemente e concomitantemente nas matérias destas "Unidades Curriculares" (glossário: concomitantemente significa o mesmo que "em simultâneo", porque vocês não têm uma Joana que vos ensine coisas).

De facto, começo a arrepender-me ligeiramente, pois tenho, literalmente, estado na ESE estas últimas semanas - exceptuando o período de tempo durante o qual estive em Madrid - num non-stop de subir escadas, explicar, pedir esclarecimento de dúvidas e, acima de tudo, estudar.... é neste momento que vou levar a colchonette e começo a passar lá a viver.... tem chuveiros, bar, WC, biblioteca, etcetc, até colchões tem! Creio que mais não se poderia pedir.

Resumindo e concluindo, o que mais queria era ter melhores notas nos exames, pois ando-me a matar e a desdobrar em duas ou três para o conseguir.... Professores, já estava na altura de ligarem aquele fantástico medidor que realmente destacaria quem merece: o "esforçómetro"!




Agora, outros assuntos pendentes.

Gostaria de referir que o "Conto" (ainda não tenho um título para este, mas enfim) é totalmente da minha autoria e quaisquer erros ortográficos são pura distracção, devido ao cansaço (só tenho tempo de escrever às altas horas, ou quando arranjo um pequeno espacinho entre tarefas - por muito estúpido que possa parecer, nas férias não tenho o hábito de deixar de trabalhar, sobretudo no que trata de elaborar templates para blogues e afins, bem como tirar fotos, tendo máquina para o efeito, que não é o caso, de momento - e isso causa posts escritos à pressa, causando a um mispelling de algumas palavras (tais como que, que ficaria uqe ou euq) ou erros de sintaxe e ortografia) ou ignorância (sim, é verdade, não sei lá grande coisa de muita coisa, aliás, não sei nada de nada....nem quero que pensem que tudo sei, porque tal jamais poderia ser verdade.... sou apenas humana e gosto disso!).

Em adição, espero poder continuar a escrevê-lo ("de cabeça") e ter ideias para o fazer (sim sim, sei que escrever "de cabeça" não e bom porque, deste modo, poderei bloquear ou ter um mau enredo ou ficar sem ideias de como poderei manejar a história, ... contudo, maioritariamente, só consigo escrever assim). Também, não pretendo escrever um conto que seja a história da minha vida, apenas algo simples e que dê para imaginar um mundo de sonho.

Prometo que irei publicar histórias de terror que escrevi anteriormente....mas gostaria de manter a minha faceta "light" um pouco mais. Afinal a Alice não é apenas pseudo-angelical, é humana. Sou humana e todos temos pontos mais "dark", podemos é escondê-los ou dissimulá-los consoante os contextos onde nos inserimos.



Obrigada a Todos
(até a ti, que nem sabes que escrevo, felizmente)

terça-feira, 15 de julho de 2008

Contos I - sem título

"Imagina que estás num belo campo - e que não tens qualquer tipo de alergia ou sensibilidade aos pólens - com árvores, flores e borboletas. Ao longe, no horizonte, vês um palácio branco cujos telhados, em pedra branca polida e vidro, luzem com a luz do Sol.
Sentes uma enorme curiosidade em visitar semelhante Éden. Aliás, constatas que o cenário todo é um Éden, pois parece ser perfeito. Preferes chamar-lhe antes Cenário Romântico, pois é o estilo que caracteriza o castelo (ou palácio, não sabes distingui-los muito bem... nem eu, por vezes. Mas, posso garantir-te que este castelo também é um palácio - defende este sítio da possível ganância dos inimigos e serve para acolher a família real) e toda a paisagem circundante.
À medida que vais andando verificas que, apesar de parecer o cenário perfeito, há sempre "pormenores" tristes: a casa da velhinha que tem a cerca danificada - na qual tu paras e ajudas a senhora a arranjá-la, em troca, e depois de muito negares, a senhora oferece-te umas luvas velhas e danificadas de cetim e renda brancos, mas que continuavam belas como se fossem novas - também ajudas a fatigada leiteira a ordenhar as suas vacas e cabras que te dá uma fita longa e branca, que colocas no cabelo...."

domingo, 13 de julho de 2008


Mixwit

Sonhos Passados ou Outra Forma de Sonhar

Há quanto tempo estás desaparecido? Perdi a noção da eternidade efémera que se passou desde que trocámos palavras com sentido e significado. Foi há pouco tempo, mas parece-me que já se passou demasiado, demasiado para tal se suceder outra vez.

Será que foi da mágoa que senti, ou realmente tu mudaste, tornaste-te no que provavelmente antes eras. Não, não estou a dizer que tal seja necessariamente mau. Não, de todo. Apenas não te reconheço.... mas alguma vez te reconheci, nem uqe fosse um pequeno pouquinho? Não creio.

Decerto foram só ilusões que criei no meu imo, na minha mente, para crer em contos de fadas, mesmo que estes nunca venham a acontecer comigo....

Mesmo depois da desilusão, ainda creio nestes contos de encantar, embora de diferente modo, já não procuro alguém, só sonho, ingenuamente, e vivo ao máximo esses sonhos, para ofuscar a tão crua e magoada realidade. Já não sou a princesa que encontra o seu príncipe, mas acredito que haja princesas que realmente os encontram, mesmo ultrapassando as mais variadas confusões e desafios.

Brinco com a minha mente e vivo desta forma. É um estilo de vida um pouco simples demais, para quem consegue realmente que os seus contos se concretizem, mas não me importo. Nada.

De certa forma não me importo de viver assim, apesar de desejar que tais histórias se realizem.... talvez tenha mentido, talvez ainda sonhe um pouco com o príncipe.... mas, de forma diferente, uma vez que muito do meu tempo é dispensado para os sonhos que sei serem totalmente irreais e sobre os quais não recai nenhuma das minhas esperanças - as personagens não existem, os sítios onde habitam também não.... mas, num contexto diferente, podiam ser outras, mas não penso muito nisso, o ficcional já me ocupa muito tempo....


Se algum dia quiseres voltar, volta;
Não te prometo é que seja a mesma menina
aquela que dizias ser sonhadora e inteligente, sui generis
aquela que pensava que eras.... que o eras.

sábado, 12 de julho de 2008

Pensamentos de conversas I

Não sou uma particular amante do "MSN" nem das conversas virtuais no geral, nem por "SMS" (por isso estou grata aos novos tarifários com chamadas grátis entre pessoas com esses tarifários)....
Contudo, quando tenho verdadeiras conversas, daquelas que se aproveitam realmente, por meios virtuais, fico a pensar nelas, no que escrevi e se o que escrevi realmente foi o que penso (às vezes respondo sem realmente sentir o que estou a escrever duas vezes).

Uma dessas conversas foi sobre a ecovisão (quem leu o Memorial no Convento, decerto se recorda de Blimunda e do seu poder de ver o interior das pessoas, quando em jejum). Foi-me perguntado se gostaria de ter semelhante poder, ao que respondi que não. Talvez seja melhor não sabemos como os outros são para não nos desiludirmos totalmente caso tenhamos formulado sonhos; geralmente, quando nos desiludimos com alguém, temos sempre uma réstia de esperança nessa pessoa que, aos poucos vai sendo destruída, pode ser mais contínuo e lento, mas a desilusão e dor concentrada em cada um desses momentos é menor e já temos maior preparação para o "momento final". Também creio que, caso visse que alguém que julgava ser má pessoa e tivesse tido atitudes menos próprias porque, na minha opinião ela não era boa, e na realidade ela era pessoa de bom espírito, ia arrepender-me e sentir muitos remorsos. Penso que, por muito que as pessoas tentem dissimular como são, transparecem nas acções e no que dizem quando não reflectem muito nisso. As pessoas que são falsas acabam sempre por se contradizer - mas não aquele contradizer involuntário que acontece quando se faz uma "lengalenga-adivinha".
Contudo, a outra parte apresentou uma tese bem diferente da minha e, agora que penso nela, até concordo nesta: se se tivesse ecovisão, conseguiríamos conhecer o fundo das pessoas, o bom e o mau, porque as pessoas tendem a fazer teatro e a enganar.
Se calhar o melhor seria só vermos o interior das pessoas de quem não temos nada a duvidar, pois elas podem ser as que estão a fazer o teatro mais perfeito - de quem duvidamos já sabemos o que esperar... se nos derem provas para começarmos a não duvidar (no meu caso, tal é um pouco remoto, pois, uma vez que quebram a minha confiança, será muito difícil tê-la de volta), aí sim, aí olharíamos para dentro de elas, para ver qual a sua verdadeira pessoa.




Desta cheia de remorços sem saber qual o motivo,
Alice in Neverland