sábado, 27 de dezembro de 2008

Meu Rebento

Se um dia olhares para o céu e não me vires, sorri, porque já me misturei com as estrelas, as nuvens e, principalmente, com a Lua. Não chores, não fiques triste, não estagnes, porque tal também não o farei eu.

Não te prendas a bens materiais, mas não os deites fora se não sentires essa necessidade - sabes tão bem quanto eu que poderão ser úteis num futuro -, mas não te prendas aos bens materiais pelo que são, apenas pelo que sentes por estes. Aquela folha escrita por mim poderá ser o teu bem mais valioso, mais valioso do que o teu bem mais dispendioso, afinal, ninguém compra os sentimentos, mas já o é possível os bens mais economicamente caros do mundo.

Poderás esquecer-te do que fui, mas nunca do que não fui. Não pretendo ser mais do que em momento algum poderei ter sido, tem cuidado para a tua memória não te trair.... as memórias que esta contém tendem a ser deturpadas quando pretendemos polvilhar alguém, algo, com pozinhos de perlimpimpim que a tornam perfeita.... nunca pretendi sê-lo, Anjo.

Não prometerei ser teu Anjo-da-Guarda, mas que sempre estarei contigo, nas Memórias das quais já falei, na minha essência e não como elas me poderão pintar, pois foram as minhas acções no passado que te marcaram nesse tempo e agora, por muito pintadas que poderão estar, o que fiz nesses tempos é que importa, os factos, não como os lês e contas, mas como estes te ficaram escritos. Meu Anjo, estive contigo, estou contigo e estarei contigo.




Por Alice in Neverland. 27.12.08

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

No more fashion, please....

Estamos claramente numa sociedade de consumismos e aparências - mais cliché que esta frase, para descrever os dias de hoje, não há -, até eu sou claramente parte dessa população.

Mas, há limites para tudo.... de há uns dias para cá que tenho notado que os blogs sobre moda não se multiplicaram como coelhos, mas mais como bactérias - a uma velocidade impressionante e exponencialmente.

Sim, já compreendi que há e sempre haverá moda - aliás, fui eu que, outrora até queria ser estilista - maaaas, não é necessário estarem sempre sobre isso, porque, se eu quiser usar uma saia comprida com um camisolão antigo, quem é que me vai proibir? Quem tem o direito de dizer É feio!, dado que se anda sempre a dizer que há uma liberalização e liberdade na moda hoje em dia como nunca houve antes? Vamos lá ver.... se quisesse pagar na mesma moeda até diria xpto, mas, por mim, podem vestir o que bem vos apetecer. Nem se me aquece nem se me arrefece, porque são os vossos gostos.

Mas há limites.... a moda é simplesmente a moda, não é preciso estarem a comparar tudo e mais algo de roupa e seus preços e nem falarem das roupas sem marca. Lembro-me muito bem de umas camisolas que havia no Continente que tinham ar oriental, mas que não comprei na altura, e nunca mais as vi. Não eram de marca, mas ficaram-me até hoje na minha memória - e já lá vão uns aninhos.

Sabem, houve tempos em que, para se ir para a escola, usavam-se fardas/uniformes e, para a faculdade, o mais normal era estar-se trajado.... às vezes tenho saudades desses tempos que nunca vivi e adorava ter vivido.

Havia mais com que nos preocuparmos do que com a roupa. Simples roupa, e nada mais do que panos.
Havia opressão, ditadura, pobreza explícita (mais do que hoje em dia), e mais simplicidade por parte das camadas baixas e médias; um uniforme deve sê-lo com margem para personificações (por exemplo, espaço para a criança colocar uma estampa ou coisa assim), como o as batas o são, por exemplo.

Ao menos há as lojas dos chineses com coisas baratas e que parecem de loja de marca!

sábado, 15 de novembro de 2008

Outonalidades

Ao Outono mais triste.



"Sorriso"


Ali estavas tu,
com uns grandes olhos,
verdes
mas sempre sempre
tristes.

São o reflexo
do mundo
em que vives.
Esse mundo tão real
que chegava
a sobrepor-se
à imaginação.
Bem queres,
com o teu sorriso,
alegrar o teu
sempre sempre triste
olhar.

Não consegues,
já que os olhos
vêem
o que o sorriso
procura disfarçar!

AMARAL, José (2006). Outonalidades, 1ª Edição, Papiro Editora, Porto.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

1 1 na base-7

1 1 na base-7:
1 grupo de 7^1 (7 "elevado a" 1, ou seja de 7) elementos, e um grupo de 1 elemento isolado (ou seja, de 7^0, 7 "elevado a" 0, que é um).

Em dias, uma semana e um dia.
Que o meu pai faleceu.
Não estava em casa com a família.
Estava num jantar de família.
De família de praxe.
E nem me apetecia ir.
E disse que eu me arranjava para voltar.
Mas foram-me buscar ao restaurante.
Em casa vi as suas caras.
Ao ir para o meu quarto o lençol por cima de algo.
Depois falaram-me.
Silêncio para os meus ouvidos as suas palavras.
Já as sabia.
Não as queria ouvir.
Só queria dizer-lhe e liguei-lhe.
Sem querer todos ficaram a saber.
Todos os do restaurante.
Todos sentiram pena.
Não quero pena.
Só o queria aqui.
Pena não.
Ele sim.
Turvo.
Liguei-lhe mesmo contra a vontade dela.
Estava estupidamente sóbrio.
Disse palavras que aqui dentro não esquecerei.
Palavras que à superfície esqueci.
Turvo.
Silêncio.
Turvos foram os dias a seguir.
Turvos e despertos.
Até agora.
Mas sempre com um sorriso.
Uma fachada que poucas vezes cai.
Não à frente deles.
Quase não à frente deles.
Foi uma posição que optei.
É uma atitude que opto.
Turvo.
Ainda.

E todo o todo para ti,
Pai.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Em momentos destes

cinco vezes cinco era vinte e dezoito menos dezoito era igual a dezoito.


Sim, estou a fazer uma maratona de estudo de Números e Estruturas, com outras disciplinas à mistura.

Sabem quanto é 1 em base-1? 1 1
E 9 em base-9? 8
E 11 em base-11? a

a a a (11)= 1330

ahah(18)= 64025

joana(25)=7803710 [dedicado àqueles momentos se senilidade estudiosa contigo xD]

domingo, 12 de outubro de 2008

A Alice é sazonal - aquilo a que muitos dirão "de luas" (sim, é verdade, sou muito inconstante e obstinada com o facto de tentar não o ser e o continuar a ser).
Quando essas mudanças de estação lhe dão para alterar o visual digamos que, 99,99% das vezes, têm consequências mais ou menos catastróficas para os que a rodeiam. Decidiu que o cabelo estava mau (e estava mesmo mau, opinião geral das pessoas cá de casa) e que tinha que ser cortado, mas que o queria com o mesmo comprimento (o que, das duas uma, ou resulta num corte muito estranho - como primeiro tinha resultado - ou se acaba por cortar o cabelo - o que acabou por acontecer). Ora, ela comprou um novo adereço para a sua crina ontem e o tal objecto penado, com o cabelo do tamanho actual, não lhe fica bem - e era uma prenda de anos! e ela namorou-o durante um mês a fio! e foi caro! e ela venerava-o e venera-o!, mas com o cabelo neste nojo existencial não! e não posso cortá-lo à rapadela? ao menos não tinha que olhar para o estúpido que fica mesmo com este corte! - e ela amuou....

E eis que me amuo a mim mesma.... vou pedir à minha mãe para ir ao cabeleireiro e corto-o ainda mais curto.... ao menos acabo com a minha integridade de vez (sim, o meu cabelo, embora lhe tenha um certo ódio, representa a minha integridade como mulher; daí que só o suje propositadamente em certas e determinadas ocasiões [molhá-lo com água limpa não afecta a integridade, só lhe dá um ar mais encaracolado, pelo que não me importo] e em ainda menos o deixe por lavar mais do que uns míseros e intermináveis minutos contáveis pelos dedos das mãos).



Lá se foi o belo de um domingo que, logo no seu início, se mascarou de segunda-feira, ao ter recebido uma mensagem onde me questionavam qual a sala onde iria ter aulas (confesso ter ficado estupefacta e assustada, mesmo depois de ter confirmado a data no relógio do telemóvel).... um domingo que se mascara de segunda-feira não é algo bom, pois não?
Bem, lá ficou ele piorzinho, coitado! Mas até gostei dele, até ao ponto da crise existencial sazonal com o cabelo....
Daqui a pouco vem a do complexo de solidão de novo e depois a "ai que não gosto de nenhuma da minha roupa".... tenho saudades da da inutilidade (" ai que não sirvo para nada e só desiludo e chateio e aborreço e só faço asneiras - mas nem sempre são intencionais, bem pelo contrário...!!").




Não, não tenho 19 anos, devo ter 1,9 anos, isso sim.




Agora em tom ainda mais sério. Ando a tentar - sublinhado, negrito, itálico em tentar - treinar para recusar cenas a pessoas que me custa fazer tal, e a tentar ser má sem motivos.... e a tentar não chorar por tudo e por nada e deixar de ser má pessoa e tentar ser Deus - ok ok, estou a exagerar. Talvez fosse melhor dizer aos outros "quem me suporta suporta, quem não o consegue fazer, mude-se ou ignore-me". Talvez fosse melhor investir antes na tolerância e os outros também investirem em tal.


Eu, sou eu,
Mas eu vivo com Outros e tenho que interagir com eles.
Por isso, mais vale não lhes dar (mais) motivos para me quererem dar um estalo ou afins.

sábado, 11 de outubro de 2008

Fancy Lala

Há animes que me tocam pela história, outros pelos gráficos e desenho, outros pela sua música.
Ora, o Fancy Lala é um dos últimos.
Sempre gostei da música final, mesmo sem saber a tradução da música. Agora que a sei - obrigada Youtube e simpáticas pessoas que se dão ao trabalho de traduzirem letras de japonês para inglês - posso dizer que ainda a adoro mais, que vou guardar a sua letra traduzida em inglês e me irei senti-la sempre que a ler ou ouvir.

Faz-me lembrar que não quero crescer, embora falte, hoje, um ano para passar a outra década da minha vida e não querer ter crescido ontem e também que sonho acordada e de como sou relativamente a algumas situações.

Esta é apenas a tradução para inglês:

"Always dreaming, always dreaming,
Of a future me, a little more adult
I sing a melody into the spring wind
I am sure, I am sure it will reach you

I have a strange feeling
I feel restless and the weather's nice too
I rush on my bicicle
The city shines brightly today

Some things that I don't like
Don't bother me much
But when my hair's right in the morning
That's all it takes to make me feel great

I want to go after the things I love
Even when one day when I'm a busy adult
I want to hold my cherished feelings close to my heart
As I keep walking forward"


From the "Always dreaming, always dreaming" Alice in Neverland


quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Como uma guitarra sem cordas

Deveria estar a trabalhar neste momento. Fora isso que lhes tinha combinado.
Não o estou a fazer. Estou a aprender a tocar guitarra.
Estou a parar de aprender a tocar guitarra.
Estou demasiado concentrada nas palavras que me foram ditas.
A pouca autoridade que tinha, a pouca integridade que tinha, tiraste-ma.
Tiraste-me tudo.












Tão cedo não me falo.


Obrigada, ao menos amanhã não vais lá estar para me estragar o meu dia!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Egocentrismo total parte I

Olá. Aqui estou eu.
A pessoa mais teimosa, chata e egocêntrica do mundo.
A pessoa que não tem espaço entre o cérebro e a língua - ou, como ainda mais gente costuma dizer, entre o coração e a mesma. Digo o que sinto, sou naïve em demasia. Sei-lo.
Quem quiser que me mude. Não me consigo mudar se não me apontarem os defeitos (tom de sinceridade absoluta nesta última frase).
Mas não digo nem metade do que deveria ou poderia dizer.

Não prometo absolutamente mudar, mas vou tentá-lo.
Por vocês, mais ainda mais por mim.

domingo, 28 de setembro de 2008

Palavras

Este post não é apenas meu.
Suponho que todos nós temos uma palavra, pelo menos, pela qual nutrimos um carinho especial, mesmo que não seja a que mais utilizamos no dia-a-dia.
Pode ser também pelo significado desta que esta marca ou pelo sentido que esta possui para nós, estando unida a uma determinada memória ou momento da nossa vida.

Uma dessas palavras, para a minha pessoa, é Reminiscência, ou melhor, Réminiscence, já que prefiro a suavidade como soa em francês. É-me especial devido ao seu significado:

"do Lat. reminiscentia
s. f.,
o que se conserva na memória; recordação vaga; anamnese.
Filos.,
teoria da -: teoria defendida por Platão, segundo a qual todo e qualquer conhecimento é a lembrança de um estado anterior no qual a alma estava em contacto directo com as ideias."

No entanto, também há outras, como Lua/Lune/Luna/Moon, Sonho/Dream, Nostalgie, Saudade, entre outras, que guardo no coração.


Digam quais são as vossas palavras.... eu também as vou revelando!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Devo ter...

...cara de má.
Os caloirinhos têm medo de mim. Os meus caloiros cumprimentam-me a medo - eu detesto isso, nunca lhes fiz mal (pelo menos, não nesta primeira semana).
Sou segundanista (ou um projecto, já que ainda não me pude inscrever), isto é, no ano passado fui caloira, compreendo-os muito bem, mas eu não tinha medo dos meus superiores que nunca me fizeram mal. Aliás, sou demasiado simpática para os referidos, uma vez que digo sempre como me chamo e depois começo a falar com eles à vontade (não "à vontadinha"), eles compreendem que não podem abusar, para além de os ajudar quando se sentem mal.

Não é que não goste de praxar, mas ainda não tive motivos para tal - ah, mas já dei uma tarefa para ajudar uma caloira com "fanicos", para ela se acalmar e divertir quando começa a "stressar".
Até por isso é que não quero ser madrinha de ninguém. Nunca achei que tivesse perfil para tal. Excepto do meu melhor amigo. Acho que já há uns 14 anos que sou madrinha involuntária dele.


Tratando de outros assuntos, no jornal de hoje vinha a dizer que, aos pais portugueses, lhes falta formação para trabalharem com recursos tecnológicos e que é, segundo a União Europeia, necessário dar-lhes formação.

Ora, tenho uma objecção, ou melhor, uma opinião. Aliás, duas.
Primeiro, quem financiará tais formações, o Estado Português? É que já nem temos impostos suficientes nem nada, e digamos que de finanças o País não vai muito bem.
Segundo, raros são os pais que têm disponibilidade para estarem nessas formações - a não ser, claro está, que o Estado os dispensasse das suas actividades diárias, caso contrário, teriam que as frequentar no horário em que estão com os seus filhos ou que estão em casa ou a descansar.


Bem pensado UE!
Parabéns pelas utopias, são ainda menos aplicáveis que os meus sonhos!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Inscrições, aulas, praxe e confusões

Agradeço imenso (mesmo do fundinho do meu coração) à Chrystiee e à Anónimo (era giro saber o teu nome, pois as pessoas têm o direito de o possuírem e de serem denominadas por tal).
Muito Obrigada!

As minhas aulas, abençoadas sejam, começam para a semana - gosto de horários, de perder contacto com algumas pessoas, do sossego para trabalhar, de trabalho, de estar com as poucas pessoas da escola que ADORO (sois poucas, mas óptimas).

Mas, com as aulas, ou melhor, antes destas, vêm as inscrições, no meu caso, a ausência desta, uma vez que (ainda!) não tenho uma nota - houve uma confusão qualquer que ainda não percebi bem, com um determinado Professor [Coordenador do meu curso] e as outras duas Professoras da disciplina. Agora, surge-me um paradoxo na cabeça: geralmente, os alunos não querem que as notas que acham injustas (nesta disciplina em particular, creio que as notas foram muito mal atribuídas, não me refiro à minha nota apenas, mas no geral) sejam "lançadas" no portal das notas, mas o que mais quero é que o infeliz valor me seja atribuído oficialmente na secretaria da escola, ao invés de um "reprovada por faltas", quando não faltei uma vez que fosse - pois a assiduidade seria um factor de ponderação/atribuição da nota final.
Não, não é por falta de vontade das pessoas da secretaria que ainda não tenho a nota, mas pelo facto do Professor em causa ser irresponsável, incompetente e estar atrasado três meses na rectificação do seu acto - e sempre nos disse para sermos responsáveis, competentes e pontuais!

Eis uma parte das confusões escolares, já que outra faceta destas me remete ao ano praxístico-académico (sim, sou praxista, uma "quase-segundanista"(se é que tal existe)"barra pastrana", graças a isto das inscrições).

Ora, eu sou plenamente contra ser totalmente distante das pessoas que se estão a sentir mal e maltratar as pessoas no geral - mesmo os caloiros -, até porque me senti muitas vezes mal e houve pessoas que deixaram tal de parte (I. e C. Obrigada Obrigada Obrigada!). Mas, logo no primeiro dia, revi-me numa caloira, e até a minha capa caiu ao chão para a ajudar - e apanhei e ainda hoje apanho na cabeça dos meus superiores por tais actos - mas não sinto o mínimo remorso, nenhum mesmo (A. ajudaste-me imenso a perceber isso ontem, e que agi conforme sabia!) - tal como não sinto remorsos de me rir se uma caloira me vê em plena casa de banho com pertences de outras pessoas quase até ao meu pescoço e lhe tenho que dizer que não me pode cumprimentar porque uma superior minha está dentro da casa de banho (audivelmente, na sanita) - eles entendem que nós somos humanos, e que há coisas caricatas -, mas, depois, refiro que a minha superior é "tal tal" ela cumprimenta, e digo que me chamo "S." e cumprimenta-me e "ai de você se se esquece da minha cara e vá-se lá embora" (só cumprimenta depois de fazer as necessidades fisiológicas, lógico). Ela respeitou-me, mesmo tendo um momento de distracção e relax - penso que assim, por mim, está bem.
Apenas quero que se lembrem de mim pelo que sou, e não sou fria e explicitamente má sem motivos aparentes.

Espero que, quando actualizar, tenha melhores notícias e menos confusões, ou, pelo menos, outras confusões, que estas já chateiam de serem sempre o mesmo. Não quero ser a melhor de todos, porque o mundo só é melhor se todos fomos iguais e nos virmos como tal - sem melhores, sem piores, sem intolerância, sem distanciamentos, sem constrangimentos, com muito respeito sem ser necessário impor barreiras.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Violência

Venho, por este meio, partilhar algumas das minhas opiniões em relação à violência.

Actualmente, este é um assunto em voga. Possivelmente, seria mais correcto dizer "na moda", pois, por exemplo, há uns tempos era a Maddie, antes a Função Pública e Urgências dos hospitais, a Casa Pia e o Processo Bolonha, entre outros, os temas que foram explorados até à sua exaustão, não trazendo nenhuma solução 100% correcta (digamos que ainda creio que aplicaram Bolonha australopitecamente, estando agora muita gente sem possibilidade de concluir os mestrados dos seus cursos, por ainda não terem sido aprovados, mas não podendo exercer a profissão pretendida, pois a licenciatura já não dá tal grau, et cacetera) .
Digam lá: no ano passado podíamos andar por aí sem haver perigo algum de se ser roubado, ou pior, morto? Aliás, não sei se sabem, mas um dos locais mais propicios a haver casos de violência é dentro dos próprios lares, ou melhor, casas; sim, em Portugal, ainda existe violência doméstica, e não diminuiu (no primeiro semestre do passado ano houve 4330 casos de apoio e no mesmo período deste ano 4699). No entanto, este aumento pode não ser significativo, pois são resultados parciais e semestrais, sendo que, no total anual, podem vir a ser menos que em 2007.
Para ser mais explícita, acredito que a violência não aumentou assim tão drasticamente como a imprensa e os políticos o fazem crer, pois esta sempre existiu - infelizmente, talvez sempre existirá -, mas onde ainda continua com níveis mais preocupantes nem é no exterior, mas sim dentro dos supostos lares, que, ao invés da sua definição, não são seguros, sendo, por isso, casas, manchadas pela violência doméstica - um dos tipos de violência que gera mais violência, intra e extra casa.

domingo, 7 de setembro de 2008

Regresso

Tenho estado ausente, de tudo, na generalidade. Só tenho mantido contacto com um número de pessoas contável pelos dedos da mão, tenho saído com quatro ou cinco pessoas diferentes, e é desses contactos e acompanhantes que tenho saudades.

Tenho me esquecido que daqui a pouco começam as aulas. Até esta semana, quando reparei que os ensaios do Gristo começam daqui a duas semanas e as inscrições para o segundo ano a três.

Ando ansiosa no mau sentido, pois não me apetece nada voltar a Educação, não pelo curso, mas pelo ambiente - digamos que há lá muita palhaçada e muita gente que mais vale ser apenas mera conhecida e travar conversa de nada sobre nada como se nada fosse.

Ando cansada. As férias não renderam como esperava - não me entendam mal, adorei muito do tempo em que estive de férias, mas, desde que a minha mãe foi trabalhar, dá-me nervos estar dentro de casa, pelo que passo o tempo a passear.


Cá em casa há quem me pergunte "Onde é que vives?", à qual respondo "No meu quarto.". Não vejo o Jornal porque, na sua maioria, só transmite tragédias ou futilidades.


Vivo no meu mundo.
No meu mundo onde sou naïve e ninguém tem o poder de me retirar a minha inocência, pois sei que, apesar de tudo, o mundo é belo, e só é belo porque é imperfeito - nos Jornais só mostram a imperfeição, raramente a beleza. O ser humano não é naturalmente mau! Não pode ser! Nada é naturalmente mau, tudo tem a sua réstia de bondade, tal como tudo tem maldade dentro de si....
(continuará)



quinta-feira, 31 de julho de 2008

Amor versão LGBT

Enquanto o meu poster da Audrey Heburn anda com vontade de se atirar para cima de mim, cada vez que se descola da parede, e vejo um comentário do Blog da Ragazza penso no local onde o comprei: Madrid.

Durante a minha - curta - estadia em Madrid, pude presenciar a uma grande celebração: Parada del Orgullo LGBT (traduzindo: Desfile do Orgulho Lésbico, Gay, Bisexual e Transexual). Tal fez-me recordar pensamentos da altura, um texto que escrevi - não aqui, mas num caderno.

"Amor para Todos

Porque é que se discrimina quem ama pessoas de raças diferentes? É apenas a cor de pele e a origem que muda....

Porque é que se discrimina quem ama aquele que é do mesmo sexo? Se formos bem a ver, somos nós mesmos que muitas vezes aplicamos expressões do género "Se fosses homem, namorava contigo" ou então "Antes fosse homem/mulher [indicando o mesmo sexo que nós], já que @s mulheres/homens [sexo contrário ao nosso] são todos iguais..."

Porque se discrimina quem ama ambos os sexos? Mais escolha têm...

Porque se discrimina quem ama aquele que foi o seu anterior sexo? A pessoa em causa realmente sente que é do sexo oposto, por isso, nem problemas de mentalidade fechada deveria haver...


O Amor não tem fronteiras. Ou, pelo menos, não as deveria ter, segundo o dito popular. Mas as pessoas impõem fronteiras onde não existem, porque o Amor é entre dois seres, não interessa o sexo, raça, idade... o Amor é, segundo este artigo da Wikipedia: «...formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objecto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e alimentar as estimulações sensoriais e psicológicas necessárias para a sua manutenção e motivação.», ou seja, não se refere aqui que não há Amor entre pessoas se estas não são da mesma raça nem têm as mesmas orientações sexuais que as pessoas heterosexuais.

Se calhar, tal se deve ao facto dos Homens gostarem sempre de implicar com o próximo, porque há animais que, mesmo sendo de espécies diferentes, acasalam; há animais com comportamento homosexual e, segundo um psiquiatra - Dr. Richard Pillard - também bisexuais, bem como transexuais - tal como é referido no livro
Biological Exuberance : Animal homosexuality and Natural Diversity: "...more than 190 species in which scientific observers have noted homosexual or transgender behavior. ".


A toda a gente: Amem e deixem Amar!"

À Ragazza e ao Orgulho LGBTH
(também ao heterosexual,
o que importa é Amar!)






P.s.- também acredito que há diferentes tipos de amor, pois uma Amizade também é uma afeição, logo é um tipo de amor, Amor-Amigo.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Bolonha

Sim, este já tão saturado tema outra vez. Mas desta vez, visto por uma pessoa que está nele e que recebe opiniões de muitas outras pessoas - de vários graus de ensino.


Digamos que, após o primeiro ano de faculdade, posso concluir que o Processo Bolonha não trouxe só desvantagens, mas, que as tem, tem.

Pelo menos, no meu curso - Educação Básica - o que têm tentado elaborar é um curso que nos dê formação para sermos educadores de infância ou professores do 1º ciclo de ensino básico ou professores do 2º ciclo do ensino básico, bem como para trabalharmos em contextos de educação não formais.

Tal até pode ser favorável, na medida em que nos dá uma formação mais ampla, mas também nos dá formação excessiva em áreas que, se calhar, não vão ser aquelas em que queremos e iremos trabalhar. Por exemplo, uma pessoa que antigamente estaria em educação de infância e agora esteja em básica, tem unidades curriculares para o nível do antigo curso da variante de matemática e ciências - cujas pessoas que o seguiam, geralmente, vinham de ciências e tecnologias -, tais como matemática para um nível mais complexo que os professores do 1º ciclo necessitam, nem falando dos educadores de infância.

Não estou a querer dizer que não é importante todos termos matemática, nada disso.
Apenas tento referir que, possivelmente, o melhor seria que, já que o curso tem tantas áreas diversas, o melhor poderia ser, num ano ter-se disciplinas mais "genéricas", noutro as de educação de infância e algumas de 1ºciclo, no último as de 1º ciclo e matemática e ciências, como se cada ano fosse especializado numa das áreas, o que não aconteceria com as unidades curriculares de "Iniciação à Prática Profissional", para permitir aos alunos estarem nas áreas onde pretendem exercer.


Outra opinião sobre Bolonha, é que, no fundo, o que pretendem é que não durmamos, satisfaçamos as necessidades fisiológicas e biológicas nem tenhamos vida própria.... ou seja, que não se faça nada mais para além de estudar e elaborar trabalhos e respectivas apresentações, pois as horas de trabalho autónomo não são lá muito realistas (um trabalho nunca demora apenas as duas horas semanais a ser elaborado, como muitas vezes se estima nem se demora - vá, adicionando as horas semanais todas - apenas um dia a estudar para uma frequência, muito menos tendo que elaborar trabalhos e as respectivas apresentações....).

Em média, daria cerca de dez horas por dia de aulas e trabalho autónomo, mas nós sabemos que há dias da semana em que não temos aulas e noutros em que, se temos seis horas de aulas, mais as oito ou nove horas a dormir e aproximadamente duas horas para nos prepararmos, deslocarmos, comermos, etc - 6+8+2=16, e ainda faltam lá as horas de trabalho autónomo/aulas que restam, que são quatro, 16+4=20, sobram-nos 4 horas, maaaaas, tal não se sucede, porque posso dizer que o meu horário era cheio de furos estúpidos, que mal dão para se aproveitar para trabalhar - pois são curtos (cerca de meia hora, uma hora em alturas estranhas, entre aulas) - e, para comer, muito longos. Eram quase tempos mortos.

Ou seja, cerca de uma hora diária seria para esses intervalos, e mais um pouquinho para os lanche, digamos meia hora, pois nos lanches também se vai tirar cópias e tais, 20+1,5=21,5 , o estudante tem, então, 24-21,5=2,5 horas, duas horas e meia para si mesmo. Agora, vejam que há pessoas que demoram uma hora ( ou mais) a chegar a casa.... lá se foram essas horas.

Vão dizer "trabalhem no fim-de-semana", e é o que fazemos, mas o fim-de-semana também tem desvantagens, pois há grupos que não se podem reunir nessas alturas, devido à distância que separa os seus membros, e todos temos o direito de estar com a família, suponho.


Também, outra coisa mal em Bolonha: demasiados trabalhos de grupo, onde os grupos até podem ser diferentes e muitas pessoas se "colam" a outras e tiram sempre boas notas por causa disso. Era fazerem orais sobre os trabalhos.... não me importava nada, tal como as pessoas que trabalham a sério no trabalho que elaboram....


Beijinhos da Alicia, perdão, Alice!

domingo, 20 de julho de 2008

Férias

Porque não têm sido lá muitas.... também, ninguém me manda estar a fazer "melhorias" (creio que vão ser mais para o "piorias") às disciplinas em que é mais difícil subir a nota no meu curso: Gramática da Comunicação e Linguagem, Lógica e Comunicação (sim, sim parece que há um certo padrão por causa da "omunicação", mas garanto-vos que Gramática é mais Semiótica que outra coisa e Lógica é, bem, ainda não entendi muito bem o que é, mas talvez seja condição necessária e suficiente não comer nem dormir, para além de ter de gostar muito da "stôra" - quem a tiver, entende - para conseguir entender aquilo para ser bem sucedida no exame)....

Começo a reconhecer que estou numa fase inicial de uma loucura, uma vez que não me é possível parar de pensar incessantemente e concomitantemente nas matérias destas "Unidades Curriculares" (glossário: concomitantemente significa o mesmo que "em simultâneo", porque vocês não têm uma Joana que vos ensine coisas).

De facto, começo a arrepender-me ligeiramente, pois tenho, literalmente, estado na ESE estas últimas semanas - exceptuando o período de tempo durante o qual estive em Madrid - num non-stop de subir escadas, explicar, pedir esclarecimento de dúvidas e, acima de tudo, estudar.... é neste momento que vou levar a colchonette e começo a passar lá a viver.... tem chuveiros, bar, WC, biblioteca, etcetc, até colchões tem! Creio que mais não se poderia pedir.

Resumindo e concluindo, o que mais queria era ter melhores notas nos exames, pois ando-me a matar e a desdobrar em duas ou três para o conseguir.... Professores, já estava na altura de ligarem aquele fantástico medidor que realmente destacaria quem merece: o "esforçómetro"!




Agora, outros assuntos pendentes.

Gostaria de referir que o "Conto" (ainda não tenho um título para este, mas enfim) é totalmente da minha autoria e quaisquer erros ortográficos são pura distracção, devido ao cansaço (só tenho tempo de escrever às altas horas, ou quando arranjo um pequeno espacinho entre tarefas - por muito estúpido que possa parecer, nas férias não tenho o hábito de deixar de trabalhar, sobretudo no que trata de elaborar templates para blogues e afins, bem como tirar fotos, tendo máquina para o efeito, que não é o caso, de momento - e isso causa posts escritos à pressa, causando a um mispelling de algumas palavras (tais como que, que ficaria uqe ou euq) ou erros de sintaxe e ortografia) ou ignorância (sim, é verdade, não sei lá grande coisa de muita coisa, aliás, não sei nada de nada....nem quero que pensem que tudo sei, porque tal jamais poderia ser verdade.... sou apenas humana e gosto disso!).

Em adição, espero poder continuar a escrevê-lo ("de cabeça") e ter ideias para o fazer (sim sim, sei que escrever "de cabeça" não e bom porque, deste modo, poderei bloquear ou ter um mau enredo ou ficar sem ideias de como poderei manejar a história, ... contudo, maioritariamente, só consigo escrever assim). Também, não pretendo escrever um conto que seja a história da minha vida, apenas algo simples e que dê para imaginar um mundo de sonho.

Prometo que irei publicar histórias de terror que escrevi anteriormente....mas gostaria de manter a minha faceta "light" um pouco mais. Afinal a Alice não é apenas pseudo-angelical, é humana. Sou humana e todos temos pontos mais "dark", podemos é escondê-los ou dissimulá-los consoante os contextos onde nos inserimos.



Obrigada a Todos
(até a ti, que nem sabes que escrevo, felizmente)

terça-feira, 15 de julho de 2008

Contos I - sem título

"Imagina que estás num belo campo - e que não tens qualquer tipo de alergia ou sensibilidade aos pólens - com árvores, flores e borboletas. Ao longe, no horizonte, vês um palácio branco cujos telhados, em pedra branca polida e vidro, luzem com a luz do Sol.
Sentes uma enorme curiosidade em visitar semelhante Éden. Aliás, constatas que o cenário todo é um Éden, pois parece ser perfeito. Preferes chamar-lhe antes Cenário Romântico, pois é o estilo que caracteriza o castelo (ou palácio, não sabes distingui-los muito bem... nem eu, por vezes. Mas, posso garantir-te que este castelo também é um palácio - defende este sítio da possível ganância dos inimigos e serve para acolher a família real) e toda a paisagem circundante.
À medida que vais andando verificas que, apesar de parecer o cenário perfeito, há sempre "pormenores" tristes: a casa da velhinha que tem a cerca danificada - na qual tu paras e ajudas a senhora a arranjá-la, em troca, e depois de muito negares, a senhora oferece-te umas luvas velhas e danificadas de cetim e renda brancos, mas que continuavam belas como se fossem novas - também ajudas a fatigada leiteira a ordenhar as suas vacas e cabras que te dá uma fita longa e branca, que colocas no cabelo...."

domingo, 13 de julho de 2008


Mixwit

Sonhos Passados ou Outra Forma de Sonhar

Há quanto tempo estás desaparecido? Perdi a noção da eternidade efémera que se passou desde que trocámos palavras com sentido e significado. Foi há pouco tempo, mas parece-me que já se passou demasiado, demasiado para tal se suceder outra vez.

Será que foi da mágoa que senti, ou realmente tu mudaste, tornaste-te no que provavelmente antes eras. Não, não estou a dizer que tal seja necessariamente mau. Não, de todo. Apenas não te reconheço.... mas alguma vez te reconheci, nem uqe fosse um pequeno pouquinho? Não creio.

Decerto foram só ilusões que criei no meu imo, na minha mente, para crer em contos de fadas, mesmo que estes nunca venham a acontecer comigo....

Mesmo depois da desilusão, ainda creio nestes contos de encantar, embora de diferente modo, já não procuro alguém, só sonho, ingenuamente, e vivo ao máximo esses sonhos, para ofuscar a tão crua e magoada realidade. Já não sou a princesa que encontra o seu príncipe, mas acredito que haja princesas que realmente os encontram, mesmo ultrapassando as mais variadas confusões e desafios.

Brinco com a minha mente e vivo desta forma. É um estilo de vida um pouco simples demais, para quem consegue realmente que os seus contos se concretizem, mas não me importo. Nada.

De certa forma não me importo de viver assim, apesar de desejar que tais histórias se realizem.... talvez tenha mentido, talvez ainda sonhe um pouco com o príncipe.... mas, de forma diferente, uma vez que muito do meu tempo é dispensado para os sonhos que sei serem totalmente irreais e sobre os quais não recai nenhuma das minhas esperanças - as personagens não existem, os sítios onde habitam também não.... mas, num contexto diferente, podiam ser outras, mas não penso muito nisso, o ficcional já me ocupa muito tempo....


Se algum dia quiseres voltar, volta;
Não te prometo é que seja a mesma menina
aquela que dizias ser sonhadora e inteligente, sui generis
aquela que pensava que eras.... que o eras.

sábado, 12 de julho de 2008

Pensamentos de conversas I

Não sou uma particular amante do "MSN" nem das conversas virtuais no geral, nem por "SMS" (por isso estou grata aos novos tarifários com chamadas grátis entre pessoas com esses tarifários)....
Contudo, quando tenho verdadeiras conversas, daquelas que se aproveitam realmente, por meios virtuais, fico a pensar nelas, no que escrevi e se o que escrevi realmente foi o que penso (às vezes respondo sem realmente sentir o que estou a escrever duas vezes).

Uma dessas conversas foi sobre a ecovisão (quem leu o Memorial no Convento, decerto se recorda de Blimunda e do seu poder de ver o interior das pessoas, quando em jejum). Foi-me perguntado se gostaria de ter semelhante poder, ao que respondi que não. Talvez seja melhor não sabemos como os outros são para não nos desiludirmos totalmente caso tenhamos formulado sonhos; geralmente, quando nos desiludimos com alguém, temos sempre uma réstia de esperança nessa pessoa que, aos poucos vai sendo destruída, pode ser mais contínuo e lento, mas a desilusão e dor concentrada em cada um desses momentos é menor e já temos maior preparação para o "momento final". Também creio que, caso visse que alguém que julgava ser má pessoa e tivesse tido atitudes menos próprias porque, na minha opinião ela não era boa, e na realidade ela era pessoa de bom espírito, ia arrepender-me e sentir muitos remorsos. Penso que, por muito que as pessoas tentem dissimular como são, transparecem nas acções e no que dizem quando não reflectem muito nisso. As pessoas que são falsas acabam sempre por se contradizer - mas não aquele contradizer involuntário que acontece quando se faz uma "lengalenga-adivinha".
Contudo, a outra parte apresentou uma tese bem diferente da minha e, agora que penso nela, até concordo nesta: se se tivesse ecovisão, conseguiríamos conhecer o fundo das pessoas, o bom e o mau, porque as pessoas tendem a fazer teatro e a enganar.
Se calhar o melhor seria só vermos o interior das pessoas de quem não temos nada a duvidar, pois elas podem ser as que estão a fazer o teatro mais perfeito - de quem duvidamos já sabemos o que esperar... se nos derem provas para começarmos a não duvidar (no meu caso, tal é um pouco remoto, pois, uma vez que quebram a minha confiança, será muito difícil tê-la de volta), aí sim, aí olharíamos para dentro de elas, para ver qual a sua verdadeira pessoa.




Desta cheia de remorços sem saber qual o motivo,
Alice in Neverland

segunda-feira, 30 de junho de 2008

O que nos distingue....

Ao invés de pensarmos que somos um grão de areia, num imenso e vasto areal, que está prestes a ser empurrado pelo mar, devemos antes crer que não somos como as areias, pois, contrariamente a estas, podemos actuar sobre o que nos rodeia - tal como todos os seres vivos.
Para além de tal facto, temos umas características que nos distinguem dos restantes seres: a vontade e a capacidade de agirmos, dentro de uma liberdade mais ou menos delimitada.
O porquê destas nos distinguirem? Por exemplo, já se viu uma flor a mudar de local porque não lhe apetece estar onde se encontra? Ou então um leão não ir caçar porque não lhe apetece, embora o seu instinto lhe diga o contrário? Duvido.... embora não diga que seja impossível.

(a continuar)

terça-feira, 24 de junho de 2008

Não ao silêncio

O texto que se segue é puramente ficcional, mas poderá acontecer na realidade

Cheguei. Antes não tivesse.
Começou a fazer-me perguntas, onde é que estava, porque me atrasei.
Olho para o relógio da cozinha, passam dez minutos da hora máxima para chegar. Atrasei-me. Deixa-me explicar, por favor.
Mas ela não quer explicações, nem me quer ouvir. Diz-me para soltar o cabelo.
Não, não quero soltar o cabelo, por favor, o cabelo não.
Ai, a minha cara. Não, não faças isso. Por favor, outra vez não. Eu solto o cabelo, mas não o faças terceira vez! Mas porque é que repetiste? Já soltei o cabelo....
Não te obedec-aaaaai. Não mo puxes, por favor.
Porque me estás a levar para o meu quarto. Não. Não ir para a beira da parede. Nãaaaaao, não me empurres contra a parede. Ai, nos braços também?
Não me queres ouvir a chorar? Eu páro, se parares, por favor.
Não gostas de chantagem? Mas não era chantagem. Por favor, pára.
Queres que eu diga isso tudo, eu digo.
Eu sei que não presto, que sou ma inútil e tudo mais, mas não me batas mais.
Oh não, não me tranques aqui, por favoooooooor.
Ontem foi porque saí muito cedo para as aulas, hoje porque me atrasei, anteontem porque estive a estudar. Porquê? Porquê?
Sou assim tão má, tão desprezível, que não consiga fazer nada certo?
Passou-se outra noite. Não dormi descansada, dormi de cansaço.
E é assim todas as semanas, todos os meses, desde há algum tempo.
Porque não fujo? Porque não sei como hei-de continuar a minha vida. Terei que desistir do local onde vivo, dos meus amigos e conhecidos, se calhar do meu nome. Tenho 21 anos, como é que isto ainda me pode estar a acontecer? Logo por ela, ela que diz aos amigos que me teve de dentro dela.
Porquê ela. Porquê?


Porque, ao contrário do que se pensa, há cada vez mais mães a maltratarem os filhos, tenham eles que idade tenham.

Caso conheçam algum caso, denunciem e ajudem a vítima a denunciar. Se fores uma das vítimas, estão neste site alguns contactos que te podem ajudar.

sábado, 21 de junho de 2008

Os dias de hoje....

Como começar um texto?
Há tantas formas, mas algumas são mais notáveis que as outras, algumas fazem mais sentido num contexto onde estas nunca cumprirão totalmente o seu propósito?

Posso começar por referir que este se trata de um texto sobre uma música. Que adoro essa música. E que pode ou não ser tudo ficcional, tal como já devem ter entendido, a Alice não existe verdadeiramente, é apenas uma fachada para alguém que prefere este pseudónimo ou mesmo heterónimo - sim, se for como ontem, acho que realmente estou a começar a criar heterónimos, devido a momentos esquizofrénicos que têm havido, devido ao curso de Básica.

"
Olho lá para fora. Chove sem chover. Está sol, no entanto, é como se, para mim, chovesse. Porquê? Porque reparo cada vez mais na futilidade do que me rodeia.
Ouço um som vindo da TV do piso de cima:
«Aquecimento global continua a aumentar. As temperaturas no país também. Prevê-se secas em, no mínimo, três distritos. Outros quatro estão em alerta vermelho, por causa das elevadas temperaturas e ameaça de rarefacção da água. Recomenda-se uma protecção solar no mínimo de factor 40, e que não se desperdice água.»

É o noticiário na sua versão o mais barulhenta possível, para o poder ouvir, mesmo estando no rés-do-chão e o som vir do primeiro andar ou, se calhar, do segundo, agora que penso bem, os do segundo piso é que costumam pôr a televisão e os outros aparelhos sonoros com o volume alto.
Abstraio-me um pouco mais e observo mais uma vez o cenário exterior. Um dos meus vizinhos está a lavar o seu camião há mais de dez minutos, água sempre a correr, estrada encharcada por momentos, antes da mesma secar por causa dos quase quarenta graus que estão. Molha-se a ele mesmo, para abrandar o calor que sente na sua pele que mais parece a de um pimento vermelho. E viva os dois em um.... não é suficiente para ele estar a sujeitar-se a uma doença de pele grave, tal como também tem que gastar água desnecessariamente dia sim dia sim para dar banhos de meia hora ao seu carro. Sei que não sou o ser mais saudável do mundo - para mim ou para o mundo - mas tenho alguns cuidados. O de não deixar o lixo espalhado por aí, como posso ver no candeeiro à frente da minha janela, cujo lixo que o rodeia deixa um magnífico odor putrefacto, não me permitindo a abertura da janela do quarto. Não só não reciclam (e há um ecoponto a vinte metros, se tanto) como não se importam se o lixo deles vai incomodar os outros. E, mesmo assim, cá me aguento sem ligar ventoinhas - só o computador é que está ligado, e é por necessidade, pois estou a trabalhar num trabalho para entregar para a semana.
É esse o mal da sociedade, penso para mim mesma. Uma sociedade, hoje em dia, mais parece um conjunto de pessoas que, intencional ou não intencionalmente, vivem para degradar a vida do próximo e do local onde habitam.
Mais um parágrafo. Já acabei o meu trabalho. Tenho que o imprimir. Está imprimido. Folheio-o e no fim releio o seu título.
Os dias de hoje e a (possível) ausência do amanhã.
"


segunda-feira, 9 de junho de 2008

Música

Não me recordo se já alguma vez mencionei, mas tenho gostos musicais um pouco *ahem* abrangentes.
Tão abrangentes que nem um género musical tenho como favorito - posso dizer que já tive o nu-metal, o metal no geral, mas, de momento, não sei qual será.
Mas já fui uma menina Nightwish. E como toda a menina Nightwish que se preze, sei o nome das músicas do grupo mais-que-favorito. Tenho-vos a dizer que agora me arrependo com tal facto, uma vez que essa informação ainda anda a vaguear pelos confins do meu cérebro e ocupa um espaço preciossímo que poderia estar a ser utilizado para assuntos relacionados com a escola ou coisas de maior importância - como memorizar o nome das pessoas.

No entanto, ainda continuo a gostar muito deste grupo, mas não das suas actuais músicas..... do Dark Passion Play apenas devo suportar umas três músicas e só gosto mesmo de um minuto de uma das músicas deles.... Que saudades da Tarje Turunen - que, entretanto, devo mencionar que tem músicas a solo que são "apenas" sublimes.


Mas é como se costuma dizer "Aos ausentes sempre Presentes....."
para mim os Nightwish são com a Tarja e sem ela,
são uma memória que ainda continua bem presente,
sobretudo os títulos das músicas deles.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Parabéns

Queria, por este meio, dar um valente PARABÉNS à menina M., que é muito muito muito perfeita =D
Adoro-te muito, e sinto muito não ir hoje.

Beijinhos

terça-feira, 20 de maio de 2008

Os testamentos por sms

Sou daquelas que escreve no telemóvel com escrita inteligente, não que não consiga manejar as teclas de forma a escrever rápida e eficientemente, mas digamos que demoro um pouco mais a escrever manualmente do o que desejava. E também já decorei a maior parte das combinações que as teclas dão - não, não sou mesmo de escrever sms's durante as aulas, tal pode dar punições, tais como uns valentes berros de um professor quase-catedrático-ou-catedrático-mesmo nos ouvidos ou coisas semelhantes.

Prosseguindo com o tema, eu não escrevo simples sms's ou messages (como lhe chama um certo parasita-seco), chego a escrever autênticos testamentos.... testamentos sobre a matéria, testamentos com textos na íntegra que se devem incluir em relatórios, testamentos a justificar as minhas acções....

Um deles foi, só por acaso, à cause de un humain.... e deve ter sido de um dos mais complexos que escrevi, embora me tendo apoiado um pouco no "Life" (série que gostava de seguir, dada a serenidade e espiritualidade interior do personagem principal).
Era algo do género:

"Sou daquelas pessoas que, se não percebo alguma coisa, uma dada coisa, pergunto.
Se pergunto, não é por mal, mas sim porque gosto, porque pretendo perceber as coisas.
Se perceber as coisas, consigo ser melhor pessoa a nível de perceber o interior dos outros e colocar-me-ei no lugar deles.
Se conseguir colocar-me no lugar dos outros não terei maus pensamentos sobre eles.
Se não tiver maus pensamentos sobre eles, os meus pensamentos serão mais puros.
Os pensamentos puros permitem a uma pessoa perceber melhor as coisas, longe de preconceitos e ideias pré-concebidas".

Agora tiro mais uma conclusão: pensamentos puros devem ser simples, isto de simples nada tem....

sábado, 17 de maio de 2008

Parar no tempo I

Por vezes, páro um pouco no tempo e indago-me sobre o que estão a sentir e pensar as pessoas que passam por mim na rua.
Por vezes, páro no meio da multidão agitada e penso para mim mesma se as outras pensarão que eu penso que o tempo parou.

Gostava de ter o poder de parar o tempo e conseguir olhar as pessoas por dentro - ser elas por aquela infinidade de tempo.
Gostava de poder controlar o que sinto e penso, de conseguir esconder certos sentimentos e demonstrar outros.




Mas, mesmo sem esses poderes, sinto-me feliz por ter pensamentos e sentimentos, de ser humana.
De poder sentir, tudo o que é de bom e mau, de poder pensar, todas as formas de pensamento, até aos mais excessivos e aos mais descontraídos.

Sou feliz ou infeliz porque o sou, não pelo que os outros são ou pelo que tenho - essas não devem ser as verdadeiras razões por se ser feliz ou infeliz, devemos sê-lo por razões interiores, somente nossas.
Se um dia estou feliz e noutro não, que seja por mim e não pelo tempo, pelas pessoas. Por mim, porque não gostei de uma atitude que tomei, por não ter tomado alguma atitude. Por ter reprimido ou expressado demais os meus sentimentos e pensamentos. Por ter sido ou não sido "eu" em excesso.

Mas vocês também têm um papel activo nisto, pois a maior parte das acções que tomo são sobre, por e para pessoas.... para vocês.... até para ti.... Acho que tu ainda és mais neurofrénico ou bipolar que eu.... um Pessoa em carne viva, que despreza ou desconhece o seu talento natural tão visível por uma parte ou pela totalidade das restantes pessoas que te rodeiam...."há muitos tu mesmo".... qual deles será o que mais domina aí dentro? Ou é partes em iguais?

quinta-feira, 15 de maio de 2008

A ignorância I

Não gosto de ser ignorada quando cumprimento alguém, ao menos que me virem as costas, mas ficarem indiferentes é pior que isso tudo.
Ao menos, o virar de costas demonstra uma acção de penalização, enquanto fingir que a outra pessoa é transparente é apenas algo indecente.
Faz a outra pessoa sentir-se menor que uma bactéria, transparente e inexistente.
Ignorar a outra pessoa é algo que simplesmente não faço, pois imagino que o sentimento da outra pessoa em causa perante tal situação será algum dos já referidos.

E tu, tu fizeste-me sentir assim.... quem me dera na minha condição de ser humano - ser vingativo por natureza - conseguir fazer o mesmo, mas é-me impossível, afinal, não fui educada para o fazer, não consigo deixar de pensar no que sinto quando me fazem semelhante acto.
Por isso, por isso e muito mais, quero deixar de pensar no que irei fazer - porque sei que não o farei, a não ser que pense que vou passar outra vez pelo mesmo, isso, provavelmente, suceder-se-á - e em ti e em tudo o que me ligue a ti - até mesmo eu mesma.

Agora, xiu, xiu, xiu, cérebro e coração, xiu, e obedeçam-me. Não ignorem, mas sejam fortes no caso de serem ignorados.

Xiiiiiiiiiiiiu....e vamos de volta para a Neverland, bem juntinhos, mantenham-se bem no fundo do que penso ser o meu ser, quentes e aconchegados, para se manterem sãos e salvos até à Neverland....

Shhhhhhhhhhhh

quarta-feira, 14 de maio de 2008

A Alice descobre uma estrelinha

A Alice hoje encontrou uma Estrela que nunca tinha visto.
Achou-a tão bela e perfeitinha que quis ficar a conhecê-la melhor - foi o melhor que fez.
A Estrelinha está desanimadinha, mas a Alice quer, a todo o custo pô-la a brilhar mais do que ela já brilha.
Quer que a Estrelinha esteja tão leve quanto a sua outra Guia, a Lua.
Embora as tenha conhecido há bem pouco tempo, a Alice quer tratá-las como se elas fossem a melhor parte de si - elas merecem sempre o melhor do melhor.
Não interessa o que o resto do céu possa dizer sobre Elas, porque Elas é que lhe interessam, não o restante céu.

A Alice sente-se insegura, porque as Meninas do Coração dela são principescamente frágeis e ela pode errar e magoá-las, mas vai tentar não o fazer. Vai tentar que elas vivam na sua Neverland e que nunca deixem de brilhar ou ofuscar, vai dar tudo por tudo para conseguir que elas sejam as melhores, em tudo, sempre....

....porque o único nunca (never) que existe para ela
é o da Neverland e mais nenhum


Isto é para ti oh "Sua-Amiga-Realmente-Amiga"



p.s.- E tu, Arco-Íris onde estás, que desde ontem não te vejo....será que sabes que existo?Será que te magoo?Será que sabes que existo mas me odeias ou nem nada sentes - nem ódio, nem amizade, nem nada?

terça-feira, 13 de maio de 2008

A Alice

A Alice está triste.

Ela tende a gerar muitas expectativas sobre as coisas - sobre todas as pequenas coisas. Depois, desilude-se, graças a ela mesma, porque colocou demasiadas expectativas em coisas que não valiam tal.
Ela pensa sempre que as coisas são melhores do que realmente são, pensa que as pessoas podem ser realmente boas. Depois, fica triste.
Diz-se estranho, ficar desiludida - há quem diga que as desilusões advêm de coisas que com as quais já estamos familiarizadas, que o ideal, neste contexto seria dizer desapontamento, desengano, no máximo - mas não, ela fica mesmo desiludida, porque ela julga sempre as pessoas pelo seu melhor, julga sempre as coisas pelas suas boas qualidades. Tende a estar de braços abertos para toda a gente. Mas, por isso, irão surgir os desencantamentos do mundo maravilhoso que formou nos seus pensamentos.
E cai. E fica em pedacinhos pequeninos. E chora. Chora muito - interiormente. Odeia-se por isso.
Depois, volta a ver as coisas belas do mundo. Não o consegue evitar - afinal, quem é odiosa é ela e não o resto porque ela é quem coloca as demasiadas expectativas nos outros (e mesmo em si também o faz).

E depois, fica alegre, muito alegre e cheia de fantasia. Até a tragédia recomeçar.


É o ciclo da Neverland onde a Alice habita.... e ela não quer habitar outro sítio se não este, porque este é o mundo com o qual ela está sempre a aprender.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Quem és tu?

Quem és tu e porque me ignoras?

Quem és tu, quem me ignora, mas também me protege?

Quem és tu, meu anjo protector tão distante?

Quem és tu, tu que manténs distância, contudo também deixas essa barreira?

Quem és tu, que só consegue manter a barreira da distância por momentos, para depois ser muito próximo?

Quem és tu, tu que se calhar consegues achar o meu caminho?

Quem és tu, minha estrela-guia que nem sabe quem sou?

Quem és tu, que me desconhece mas ao mesmo tempo me compreende como se fosses eu?

Quem és tu, quem és tu e quem sou eu?





Se algum dia leres isto, fico-te grata por tudo,
mas também gostava de ter uma conversa séria contigo

terça-feira, 29 de abril de 2008

Pensamentos

Quando o pouco mais que se sabe, sabe a muito pouco, como se em vez de acrescentar, tornasse este espaço mais e mais vão, mais oco.
Gostava de ter respostas a todas as questões na minha cabeça, gostaria de viver no mundo que tanto almejo - Neverland - e ser a personagem ficcional que mais admiro - Alice.
Páro.

Mas eu posso ser a Alice, aliás, uma parte da Alice sou, pelo menos, pois ela fala fala fala fala pelos cotovelos, chora quando está muito triste ou enervada e viaja nos seus sonhos em mundos de sonhos acordada.
E viver na Neverland já eu vivo: tudo o que me rodeia é tão belo que só lá posso estar, embora não permaneça sempre na mesma idade, tal não me importa em nada, pois, cá dentro, sinto que vivo sempre na mesma idade, que posso ser quem quiser, basta crer, fazer e sonhar.

Sonhar sempre alto, mas com os pés bem assentes no chão.... ou se calhar a rodopiar, saltar e dançaricar, sim, isso é bem mais "eu", é bem mais aluado como eu, mais infantil e muitos et caceteras inexplicáveis e, se calhar, inexistentes.
Sonhar enche a alma, toda a alma, até a mais vã. Sonhar tornou este meu vão num algo mais preenchido, mais alegremente preenchido, um pouco mais inexplicavelmente alegre, um pouco mais estranhamente inexplicável do que outros mistérios que não parecem ter solução, um pouco mais misterioso do que muitas das coisas que nos rodeiam parecem. Porém, até essas coisas, essas pequenas coisas, não diexam de ser misteriosas, uma vez que fazem parte deste Paraíso que tão perto e tão longe de nós está por nossa vontade - ou falta dela.


Afinal, quem sou eu?
Devo parecer neurosfrénica a falar assim.
Se o Paraíso nos envolve, então porque o maltratamos tanto?
Se calhar porque tentamos procurar "longe" demais que não conseguimos ver o que realmente nos rodeia.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

A Família

Gostaria que algum dia, algumas pessoas da minha "Escolinha" vissem isto, pois isto é para algumas delas. Sei que já as devo ter desrespeitado muito e desvalorizado ao máximo, sem sequer pestanejar ou pensar nas consequências. Não, não vou pedir desculpas, pois as desculpas não se pedem, evitam-se...- não fosse esta umas das frases que um dos meus antepassados mais me disse até ao momento.
Vós marcais-me de uma maneira que mais ninguém da ESE conseguiu, de vós recebo os sermões que mais ferem, mais magoam cá dentro, e ficam permanentemente a martelar no meu neurónio - se é que o possuo - no entanto, também sois vós quem mais me apoia e me ajuda a ultrapassar tudo, quem sofre com os erros que eu mesma cometo, quem suportou mais choros de
baba e ranho e queixumes que qualquer outras pessoas dentro da Escola (e provavelmente de todo o lado também).
É convosco que passo a maior parte do tempo, das frases mais belas que já ouvi foram ditas por vós - e tenho a referir que ninguém melhor a falar que a grande Pessoa que o Bisavô é -, as maiores discussões e amuos que já tive foram convosco - Tia do meu coração - e é por vós que sinto que devo continuar, sempre em frente e nunca para trás, por vocês tenho que fazer de tudo para melhorar e aproveitar tudo ao máximo. Espero um dia poder usar o Preto para vos poder Honrar e conseguir demonstrar o quão indescritível é este sentimento por Vós - os que estão, os que virão, os que irão, mas estarão sempre no coração.



Um dia, se chegarmos a estar todos do mesmo lado, gostaria de conseguir fazer algo por vós, aquilo que não consegui fazer como caloira.


quarta-feira, 23 de abril de 2008

Reviver I

Tento pensar no que estaria a fazer há um ano.
Sei que, por esta altura, também perto da Queima (Porto allez allez), a música da voga era "Eu sei" das novela da noite Páginas da Vida..
Estava em processo de mudanças, não no sentido mais metafórico da expressão, mas no mais literal.
Mas também estava em mudanças, em processo de experimentação de coisas boas e más.
As boas enriqueceram-me muito, e as más também. As más ensinaram que há coisas que realmente nem deveriam existir e que tentarei ao máximo nunca as fazer, detesto cinismos e crueldades. Quando tenho algo a fazer ou dizer, parto para a acção, sou sincera no que faço, custe o que custar.
Depois acabarei de escrever este texto que nunca ficará acabado.

sábado, 19 de abril de 2008

O medo da desilusão

Ontem, sim, ontem vi que tinha um e-mail da Blogger a dizer que havia um novo comentário por publicar no blog.
Qual não é o meu espanto quando reparei de quem era esse comentário - era da Ragazza (sim, da mesma Ragazza que leio todo o santo mês desde os meus catorze anos).
Mas, o melhor e mais imprevisível é que referia que fui escolhida como a carta estrela da mailbox do mês de Junho.

Isto fez-me pensar no propósito com que fundei este blog.
Já tive outros blogs, é verdade, mas escrevia com o meu nome real: S.R.G.S. .
Aqui sou uma incógnita, como aquelas da matemática, onde tanto "x" pode significar rebuçados como um número - que é um conceito meramente abstracto. Sou a Alice in Neverland, que talvez seja apenas uma das imensas personagens da S., mas que também pode ser a verdadeira S., a S. que muito poucos conhecem na realidade. Nem eu sei.

Algum dia poderei sabê-lo, se calhar nunca o saberei, mas de algo tenho a certeza: a Alice in Neverland sempre serei [não só por nome "carinhoso" de Alice e por causa da amizade com uma "Tinkerbell", uma vez que, na realidade, me sinto mesmo como a Alice, mas na Neverland (no sentido em que não quero crescer e por pensar que tudo, até o mais pequeno ser ou pedrinha, tem uma beleza inesgotável por ser ao mesmo tempo tão diferente e parecido à minha pessoa - nada é eterno)].




Nunca pensei que isto fosse alguma vez acontecer,
essa não era a intenção do blog.
Fico-vos imensamente grata e espero nunca vos desiludir,
uma vez que sinto algum medo que tal aconteça -
- sei que cometo erros, que tais erros podem
desiludir-vos, por isso tenho medo.
Mas sou humana, espero que o entendam
caso tal aconteça.




Fico muito grata,



Contra a negligência infantil


Photobucket




p.s. - agora espero que ouçam o que acontece cada vez mais. Ouçam, ouçam sempre bem. Sobretudo os outros, sobretudo as crianças.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Alice in Neverland - O Blog

Quando fundei, abri, iniciei o Alice in Neverland, nunca pensei que este fosse alguma vez lido por alguém, quanto mais receber comentários assiduamente.

Nunca pensei que chamassem a este blog de filosófico/"pensador", nunca o pensei em fazer.
Podem só ter passados meses, mas tenho a sensação de que passaram anos, não sei bem porquê, talvez pelo turbilhão de emoções, de vivências e aprendizagens. Talvez porque estive esta semana em estágio e seja bem praxada - de modos que o tempo fica todo ocupado pelos estudos/estágio e "praxes"[aquelas coisinhas fofas e esquisitas que me pedem para fazer].

Diz-se que na Praxe não se agradece. Digo em Praxe "Obrigada". Mas só quando estou verdadeiramente grata e me tocam o coração, porque realmente me sinto obrigada a explicitar o sentimento de gratidão.

Diz-se que na Praxe não se pede desculpa. Digo em Praxe "Desculpe" [aos superiores é "Excelentíssimo Veterano/Doutor...."]. Peço desculpas porque há erros que não consigo evitar ou não consigo deixar de demonstrar o quão arrependida estou de ter cometido um erro.

E tudo isto para Vos dizer que estou muito grata por todo o vosso apoio, por me estarem a ler - alguém que se intitula de Alice in Neverland [um dia direi tudo, mas já disse mais nas entrelinhas do que o que penso] - e que peço desculpas se algum dia magooei algum de vós ou vos desiludi.




Sem vós, não seria o mesmo

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Aquilo em que acredito

  • Acredito que ninguém merece ser discriminado pelas suas características exteriores;
  • Acredito que todos devemos ter os mesmo direitos;
  • Acredito que devíamos tentar tratar os outros como queremos que nos tratem a nós;
  • Acredito que nós TODOS podemos alterar o futuro do Planeta;
  • Acredito que cada um de nós pode marcar a diferença, mesmo sendo sendo "apenas uma pessoa";
  • Acredito que a Família* vale mais que tudo o que poderemos ter;
  • Acredito que o(s) "Supremo(s)" estão em nós e não nas suas figuras;
  • Acredito que o que fazemos aos outros depois será retribuído;
  • Acredito que a Felicidade está mais dentro de nós e do que no que nos rodeia;
  • Acredito que as provas escritas não provam necessariamente o nosso saber;
  • Acredito que ninguém é burro;
  • Acredito que, com mais ou menos esforço e estudo, todos temos a mesma inteligência;
  • Acredito que ao ajudar os outros estamos a ajudar-nos a nós mesmos;
  • Acredito que as crianças são dos bens mais preciosos da Humanidade;
  • Acredito que o nosso interior pesa mais que o nosso exterior.

*Família - pessoas que nos são realmente próximas

Muito, Muito Obrigada por tudo

sábado, 22 de março de 2008

Aquilo que jamais voltará

As pessoas tendem a arrepender-se disto e daquilo, dizerem que não gozaram como deviam isto e aquilo.
Mas, a que se deveu tais acções que não nos permitiram gozar as coisas em pleno? Tiveram alguma razão de ser, suponho, doença, castigo, indisposição mental, falta de vontade para ir, são tudo motivos usais, para além dos imensos outros que existem.
E, se são motivos, são razões, razões pelas quais não gozámos algo ao máximo. Porquê arrependermo-nos se tínhamos motivos para não irmos.
Por outro lado, se tivessemos comparecido, o mais provável era depois sentirmos culpa.

Entre uma e outra..... pessoalmente, preferia ultrapassar isso. Porque havrá mais oportunidades, claro que não serão iguais, mas serão especiais à sua maneira.

terça-feira, 18 de março de 2008

Fotografia


Amo a fotografia.... maaaas, por muito que a ame, não gosto - de nenhum mesmo - dos meus retratos. Ficam sempre tão feios, se calhar pelo modelo não ser propriamente bonito, mas ficam MESSSMO feios.
O que parece um pouco paradoxal, já que adoro tirar retratos aos outros e até ficam bem. Mas a mim.....
O pior, pior do pior dos piores, é que o meu prof de TIC e Multimédia encadeou pelos lados de "vocês têm que ter uma foto vossa no trabalho"

sábado, 15 de março de 2008

A 5 dias das férias da Páscoa

e já peço mais férias.



p.s.(piada sarcástica)- o mais correcto seria "paragem lectiva"


Para fazer (trabalhos de grupo): Física, Drama, Motora, TIC e Multimédia, Introdução à Prática Profissional(depois do estágio, relatórios e tal)

À espera de: Estágio de observação (em grupo), Gristo Académico

segunda-feira, 3 de março de 2008

Desenhos animados

Não sei quanto a vocês, mas eu cá ainda sou da geração do Bocas, da Abelha Maia, Vitinho, D'Artacão, Vicky, Rua Sésamo, Onde está o Wally?, Heidi, Fábulas da Flloresta Verde, etcetc

E da geração Navegantes da Lua, Evangelion, etcetc

De um certo modo, tenho pena das gerações actuais que só vêem Yu-gi-oh's e afins na TV. Não que ache que todos o desenhos não são bons para crianças - ainda há alguns que se escapam (e não me refiro ao Ruca, porque o acho simplesmente "medonho") - mas, na sua maioria, estes não se adequam à faixa etária em causa. E penso que, por isso (para além de outras coisas), as crianças hoje em dia já não são crianças por muito tempo: desde cedo que são introduzidas à violência fortuita e começam a ver o mundo de forma "mais negra".

Claro que não considero o Evangelion pouco violento, bem pelo contrário, mas, ao mesmo tempo, era profundo, pois trata-se da auto-descoberta de um (pré-)adolescente e alguns dos problemas que podem advir do facto de estar muito afastado de qualquer figura materna e/ou paterna, para além de mostrar que não se deve ser egoísta e egocêntrico.

Sim, tenho pena dessas crianças que não vêem o que vi e vêem coisas que não lhes são de todo adequadas.... acho que as crianças têm o direito de ser crianças, pelo menos durante um pouquinho mais de tempo.


Acho que vou p.s.- Há crianças que não se incluem, claro! E isto não quer dizer que seja uma valente saudosista, só acho que o mundo "hoje" voltou a retroceder ao pensamento antigo em certas coisas, como, por exemplo, que as crianças podem/devem ver tudo o que os maiores podem.tentar "arranjar" desenhos desses para depois ver no leitor de DVD's

domingo, 2 de março de 2008

E o estágio virá

Bem, acho que (finalmente) posso dizer um pouco de mim.

Como, por exemplo, o facto de estar na licenciatura de Educação Básica (não, não é Ensino Básico nem Educação de Infância), e espero tirar um mestrado da área (isto porque ir trabalhar para museus não me agrada lá muito... não, não gosto mesmo nada da finalidade da licenciatura - enfim, Bolonha....) de Educação de Infância ou 1º ciclo, embora não exclua totalmente o mestrado em 1º e 2º ciclo, mas tendo sempre preferência pelo de Educação de Infância.

Moro algures nos arredores do Porto - cidade do meu coração e vida! - e estudo na ESE(Educação!, não Enfermagem) do (Instituto Politécnico do) Porto.

Se me perguntassem há dois anos o que quereria ser responderia Enfermagem "porque pronto", estava em científico e era bonito estar a conviver com as pessoas e ajudá-las. Mas tive experiências com crianças que me fizeram realmente ver o que já muita gente me tinha dito antes ("Tens jeito para prof") e decidi seguir algo que desde sempre me lembro que faço que é ensinar (antes aos bonecos, nos ciclos e secundário colegas e pessoas invisíveis [é o meu método de estudo]).


Mas agora, não sei o farei, porque ando com umas dores de costas cujo único "remédio" é tomar analgésicos para a dor ficar minimizada num pouco. Dou por mim a pensar "será que vou conseguir ser educadora ou prof?", "será que vou poder andar com os meus filhos (que futuramente quero ter) ao colo?" e "não posso deixar que isto seja um obstáculo!".
E assim estou um mês antes de começar o meu estágio de observação que terá a duração de duas semanas....





Com uma vénia
(muito mal feita que não me consigo abaixar minimamente)
me despeço

Um pouco como um Ricardo Reis

Tendem a dizer que sou uma pessoa sem coração, só porque digo o que me vai na alma. Por isso, agora, tendo a não dizer nada do que penso, a não dizer nada a afirmar ou a discordar, apenas me limito a estar lá, pura presença sem opiniões.

Se faço bem, não o sinto. Se faço mal, não o sei. Apenas lá estou, deprovida de qualquer opinião exteriorizada.

Isto é estranhamente desconfortável e ao mesmo tempo reconfortante, porque não me arrisco a magoar os outros, mas também parece que me traio, senão disser o que penso de algo. Mas apenas lá estou.... não me deveria sentir assim, se me limito a lá estar....




Será que era assim que Ricardo Reis se sentia? Será que é assim que uma pessoa tem que ser para ser socialmente aceite?

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Sabe-se que o tempo nos passa ao lado quando....

....estamos a falar com alguém que se considera "maninho" e ele diz que já lançou um ep, um álbum e o álbum esgotou, estando agora a trabalhar noutro ep....




....acho que devia usar melhor o meu tempo.



Maninho, esta foi para ti.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Depois de 5 horas de aula de sociologia....

....o que é que a sociologia estuda?



p.s.- percebi que não estuda somente: o comportamento humano, a mente humana, o homem como indivíduo, a sociedade; mas não percebi o que estuda concretamente

*humpf*mais uma para a lista negra





Depois de ter tido todas as aulas "novas" deste semestre percebi que:

-Sociologia da Educação é um total enigma desde a raíz
-Introdução ao Estudo do Texto Literário tem direito a almofada (no meu caso seria mais para meter debaixo do rabo, diga-se de passagem)
-Linguagem, Lógica e Comunicação é Matemática mais ou menos aplicada à Lógica, mas que não fala connosco e podemos faltar a todas as aulas que ninguém se importa, nem o professor, que nos deixa assinar para não reprovarmos poe faltas
-Física para a Educação é igual à Física de Matemática e Ciências e de 1º Ciclo e para o meu grupo vai ser muito "luminosa"
-Tecnologia para a Informação e Comunicação Multimédia é trabalhar em vídeo, Powerpoint e Blogs/Sites

-75% das passwords que nos forneceram para o "nosso querido moodle"* estão erradas
-Há professores que não querem que os contactemos nem mesmo quando estão na Escola



*diga-se de passagem que ou este, na maioria das vezes, ou não funciona ou tem erros ou as pessoas não sabem trabalhar com ele

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Sonhos Infelizes

O título pode e deverá ser modificado. Embora esteja em sintonia com a história.

A história, essa aidna está em fase de ponderação e elaboração.

São muitos os "pontos-sintese" que estão em constante modificação.

Esta parte pode nem ficar assim, no final....


"Acordo. Bem, voltei a adormecer vestida, que cabeça a minha.... Bem, vou ver o meu "tesouro", o que está dentro do baú. Bem, o baú está na estante,.... ou não, aonde é que o pus.



*Flashback*

-Inês, ainda tens o baú da tesouro.... já lá vão 10 anos, não é verdade?
-Sim Ana, é verdade. Já lá vão 10 anos que namoras com o Xandre.
-E falam de mim e tudo. Oh mana, é mais "já lá vão DEZ anos desde que sou mesmo amiga da Li e da Ju". Agora deixem mas é o baú e vamos lá embora. Nês, podes ir abrindo a garagem enquanto vou à casa de banho?
Pouso o baú e saio. Eles ainda ficam no meu quarto.




Foi um deles. Tenho a certeza. De certeza que foi a Ana que o levou e o pôs na mala quando eu estava sentada no carro.O que explica o porquê da Li e da Ju entrarem logo no carro - foi para me distraírem. E o mano disse para eu ir indo para encobrir tudo na perfeição.
Bem. Agora só me resta uma coisa - ir atrás deles. A Li e a Ju vivem juntas, por isso é fácil. O mano costuma estar no parque. E a Ana na casa dela.


....."

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

The people that we love

"The things we do to the people that we love" - Bush in "People that we love"


Como se pode saber se se ama?
Não se pode, infelizmente.

Já amei?
Só se isso incluir amigos, família e tal.

O que me leva a dizer tal?
O facto de ser capaz de dar a minha vida de boa vontade por essas pessoas - algumas delas, não todas, claro - em especial os meus melhores amigos - em especial o meu melhor amigo, quase mano - e mais uma ou duas pessoas. Também porque sou incapaz de deixar de gostar dessas pessoas mesmo que me digam maldades de todo o tamanho - e algumas já o fizeram (mas não foi intencional, claro).

Ok. Isso não é amor. É uma profunda amizade...
Não de acordo com este artigo: "Amizade resume-se em lealdade, confiança e amor, seja fraterno ou mais profundo e como Carl Rogers diz: "é a aceitação de cada um como realmente ele é"."

Tens algum desejo final?
Amar. Amar sem ser no sentido de amizade.

Desta tão sempre confusa,