sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Tudo ou nada

Neste momento, escrevo palavras sem sentido que se escrevem a elas mesmas sem eu me aperceber.
Todos temos o direito de errar todos temos o direito de acertar todos vivemos alguns momentos determinados das nossas vidas de forma muito intensa, mas tal não representa necessariamente a sua importância. Damos importância aos momentos que estão repletos de simbolismos podendo ser caracterizados pela sua serenidade ou não. O simbolismo do que os preenche é que nos interessa. É a única coisa nesse onde podemos realmente interferir sem interferir realmente: uma rosa amarela poderá ter o mesmo significado que um simples sorriso ou até mesmo que um carro topo de gama e um castelo aparentemente de conto de fadas.
Dou voltas ao que penso mas nada começa a ter sentido. Está tudo amontoado. E em simultâneo.
Sabem a sensação de estarmos naquela rua mais do que movimentada e populada? A sensação de se parar no meio da rua e todo o resto daquele pequeno mundo continuar em ávida actividade? De parecermos os nossos mesmos espectadores e actores principais? Não controlo os pensamentos mas estes são meus, porém não os consigo organizar e mantê-los nos seus locais, no entanto estes desaparecerão quando eu desaparecer.
Quem e onde és tu? Porque dizem características que referem como tuas se não crês que as tens? Porquê isto, aquilo ou ainda isso? Porque não? Porque sim. Quero dormir! Vai! Não me apetece. Santa preguiça que tens! Eu sei…. Dizes sempre que sabes, mas não sabes nada, os outros sabem muito mais que tu em tudo. C’est vrai. Uhuh, outra vez no armanço, isto está a ser bem encaminhado.
Revivo os momentos nos quais me deixava boiar nas águas da piscina e, se o momento assim proporcionasse, olharia para o tecto repleto de luz do reflexo aquático do sol. Sem sentir calor ou frio aparentes mesmo tendo tido anteriormente noção que a água e o ambiente contrastavam na temperatura. Sinto o tempo parar nestes breves momentos efémeros. Como se toda a minha alma se concentrasse ali, num corpo sem o estar realmente a comandar, sendo ela a protagonista e a única que importa. Mais nada. Mais ninguém. Só ela. Límpida e clara. Leve, leva-me. Acordo, olho o relógio. Acabou o Sonho.
E se agora saltasse para o mundo das Fantasias? Ora, imagino-me com roupas um pouco antigas e um guarda-chuva. Supercalifragilisticexpialidocious digo a tentar ridicularizar o resto das pessoas que vivem de forma dita “quadrada”.
Mas não a viveremos todos? Se calhar no outro lado do mundo alguém pensaria que o meu estilo de vida é desse modo e eu pensarei o mesmo do dele. Ou mesmo o nosso vizinho do lado ou de quarto. É a relatividade dos factos. O único facto anteriormente presente é que vivemos. O resto somos nós que damos juízos relativos. Até para nós mesmos. Passamos de zero a herói num mesmo dia, num ápice, num nano-micro-mini-segundo. Somos e não somos em simultâneo de momento para momento, pois não sabemos qual o resultado final nem no momento. Mas tudo isto que acabo de referir é muito relativo. E incerto. Sem verdade ou falsidade.
As palavras, contudo, jamais poderão traduzir exactamente nem a milésima parte do que poderia ser transmitido. Nem eu.
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Agradeço todos os mimos que me têm dado. Alguns não adicionei ainda ao Slide, mas fa-lo-ei brevemente.

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