sábado, 27 de dezembro de 2008

Meu Rebento

Se um dia olhares para o céu e não me vires, sorri, porque já me misturei com as estrelas, as nuvens e, principalmente, com a Lua. Não chores, não fiques triste, não estagnes, porque tal também não o farei eu.

Não te prendas a bens materiais, mas não os deites fora se não sentires essa necessidade - sabes tão bem quanto eu que poderão ser úteis num futuro -, mas não te prendas aos bens materiais pelo que são, apenas pelo que sentes por estes. Aquela folha escrita por mim poderá ser o teu bem mais valioso, mais valioso do que o teu bem mais dispendioso, afinal, ninguém compra os sentimentos, mas já o é possível os bens mais economicamente caros do mundo.

Poderás esquecer-te do que fui, mas nunca do que não fui. Não pretendo ser mais do que em momento algum poderei ter sido, tem cuidado para a tua memória não te trair.... as memórias que esta contém tendem a ser deturpadas quando pretendemos polvilhar alguém, algo, com pozinhos de perlimpimpim que a tornam perfeita.... nunca pretendi sê-lo, Anjo.

Não prometerei ser teu Anjo-da-Guarda, mas que sempre estarei contigo, nas Memórias das quais já falei, na minha essência e não como elas me poderão pintar, pois foram as minhas acções no passado que te marcaram nesse tempo e agora, por muito pintadas que poderão estar, o que fiz nesses tempos é que importa, os factos, não como os lês e contas, mas como estes te ficaram escritos. Meu Anjo, estive contigo, estou contigo e estarei contigo.




Por Alice in Neverland. 27.12.08

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

No more fashion, please....

Estamos claramente numa sociedade de consumismos e aparências - mais cliché que esta frase, para descrever os dias de hoje, não há -, até eu sou claramente parte dessa população.

Mas, há limites para tudo.... de há uns dias para cá que tenho notado que os blogs sobre moda não se multiplicaram como coelhos, mas mais como bactérias - a uma velocidade impressionante e exponencialmente.

Sim, já compreendi que há e sempre haverá moda - aliás, fui eu que, outrora até queria ser estilista - maaaas, não é necessário estarem sempre sobre isso, porque, se eu quiser usar uma saia comprida com um camisolão antigo, quem é que me vai proibir? Quem tem o direito de dizer É feio!, dado que se anda sempre a dizer que há uma liberalização e liberdade na moda hoje em dia como nunca houve antes? Vamos lá ver.... se quisesse pagar na mesma moeda até diria xpto, mas, por mim, podem vestir o que bem vos apetecer. Nem se me aquece nem se me arrefece, porque são os vossos gostos.

Mas há limites.... a moda é simplesmente a moda, não é preciso estarem a comparar tudo e mais algo de roupa e seus preços e nem falarem das roupas sem marca. Lembro-me muito bem de umas camisolas que havia no Continente que tinham ar oriental, mas que não comprei na altura, e nunca mais as vi. Não eram de marca, mas ficaram-me até hoje na minha memória - e já lá vão uns aninhos.

Sabem, houve tempos em que, para se ir para a escola, usavam-se fardas/uniformes e, para a faculdade, o mais normal era estar-se trajado.... às vezes tenho saudades desses tempos que nunca vivi e adorava ter vivido.

Havia mais com que nos preocuparmos do que com a roupa. Simples roupa, e nada mais do que panos.
Havia opressão, ditadura, pobreza explícita (mais do que hoje em dia), e mais simplicidade por parte das camadas baixas e médias; um uniforme deve sê-lo com margem para personificações (por exemplo, espaço para a criança colocar uma estampa ou coisa assim), como o as batas o são, por exemplo.

Ao menos há as lojas dos chineses com coisas baratas e que parecem de loja de marca!