domingo, 28 de setembro de 2008

Palavras

Este post não é apenas meu.
Suponho que todos nós temos uma palavra, pelo menos, pela qual nutrimos um carinho especial, mesmo que não seja a que mais utilizamos no dia-a-dia.
Pode ser também pelo significado desta que esta marca ou pelo sentido que esta possui para nós, estando unida a uma determinada memória ou momento da nossa vida.

Uma dessas palavras, para a minha pessoa, é Reminiscência, ou melhor, Réminiscence, já que prefiro a suavidade como soa em francês. É-me especial devido ao seu significado:

"do Lat. reminiscentia
s. f.,
o que se conserva na memória; recordação vaga; anamnese.
Filos.,
teoria da -: teoria defendida por Platão, segundo a qual todo e qualquer conhecimento é a lembrança de um estado anterior no qual a alma estava em contacto directo com as ideias."

No entanto, também há outras, como Lua/Lune/Luna/Moon, Sonho/Dream, Nostalgie, Saudade, entre outras, que guardo no coração.


Digam quais são as vossas palavras.... eu também as vou revelando!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Devo ter...

...cara de má.
Os caloirinhos têm medo de mim. Os meus caloiros cumprimentam-me a medo - eu detesto isso, nunca lhes fiz mal (pelo menos, não nesta primeira semana).
Sou segundanista (ou um projecto, já que ainda não me pude inscrever), isto é, no ano passado fui caloira, compreendo-os muito bem, mas eu não tinha medo dos meus superiores que nunca me fizeram mal. Aliás, sou demasiado simpática para os referidos, uma vez que digo sempre como me chamo e depois começo a falar com eles à vontade (não "à vontadinha"), eles compreendem que não podem abusar, para além de os ajudar quando se sentem mal.

Não é que não goste de praxar, mas ainda não tive motivos para tal - ah, mas já dei uma tarefa para ajudar uma caloira com "fanicos", para ela se acalmar e divertir quando começa a "stressar".
Até por isso é que não quero ser madrinha de ninguém. Nunca achei que tivesse perfil para tal. Excepto do meu melhor amigo. Acho que já há uns 14 anos que sou madrinha involuntária dele.


Tratando de outros assuntos, no jornal de hoje vinha a dizer que, aos pais portugueses, lhes falta formação para trabalharem com recursos tecnológicos e que é, segundo a União Europeia, necessário dar-lhes formação.

Ora, tenho uma objecção, ou melhor, uma opinião. Aliás, duas.
Primeiro, quem financiará tais formações, o Estado Português? É que já nem temos impostos suficientes nem nada, e digamos que de finanças o País não vai muito bem.
Segundo, raros são os pais que têm disponibilidade para estarem nessas formações - a não ser, claro está, que o Estado os dispensasse das suas actividades diárias, caso contrário, teriam que as frequentar no horário em que estão com os seus filhos ou que estão em casa ou a descansar.


Bem pensado UE!
Parabéns pelas utopias, são ainda menos aplicáveis que os meus sonhos!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Inscrições, aulas, praxe e confusões

Agradeço imenso (mesmo do fundinho do meu coração) à Chrystiee e à Anónimo (era giro saber o teu nome, pois as pessoas têm o direito de o possuírem e de serem denominadas por tal).
Muito Obrigada!

As minhas aulas, abençoadas sejam, começam para a semana - gosto de horários, de perder contacto com algumas pessoas, do sossego para trabalhar, de trabalho, de estar com as poucas pessoas da escola que ADORO (sois poucas, mas óptimas).

Mas, com as aulas, ou melhor, antes destas, vêm as inscrições, no meu caso, a ausência desta, uma vez que (ainda!) não tenho uma nota - houve uma confusão qualquer que ainda não percebi bem, com um determinado Professor [Coordenador do meu curso] e as outras duas Professoras da disciplina. Agora, surge-me um paradoxo na cabeça: geralmente, os alunos não querem que as notas que acham injustas (nesta disciplina em particular, creio que as notas foram muito mal atribuídas, não me refiro à minha nota apenas, mas no geral) sejam "lançadas" no portal das notas, mas o que mais quero é que o infeliz valor me seja atribuído oficialmente na secretaria da escola, ao invés de um "reprovada por faltas", quando não faltei uma vez que fosse - pois a assiduidade seria um factor de ponderação/atribuição da nota final.
Não, não é por falta de vontade das pessoas da secretaria que ainda não tenho a nota, mas pelo facto do Professor em causa ser irresponsável, incompetente e estar atrasado três meses na rectificação do seu acto - e sempre nos disse para sermos responsáveis, competentes e pontuais!

Eis uma parte das confusões escolares, já que outra faceta destas me remete ao ano praxístico-académico (sim, sou praxista, uma "quase-segundanista"(se é que tal existe)"barra pastrana", graças a isto das inscrições).

Ora, eu sou plenamente contra ser totalmente distante das pessoas que se estão a sentir mal e maltratar as pessoas no geral - mesmo os caloiros -, até porque me senti muitas vezes mal e houve pessoas que deixaram tal de parte (I. e C. Obrigada Obrigada Obrigada!). Mas, logo no primeiro dia, revi-me numa caloira, e até a minha capa caiu ao chão para a ajudar - e apanhei e ainda hoje apanho na cabeça dos meus superiores por tais actos - mas não sinto o mínimo remorso, nenhum mesmo (A. ajudaste-me imenso a perceber isso ontem, e que agi conforme sabia!) - tal como não sinto remorsos de me rir se uma caloira me vê em plena casa de banho com pertences de outras pessoas quase até ao meu pescoço e lhe tenho que dizer que não me pode cumprimentar porque uma superior minha está dentro da casa de banho (audivelmente, na sanita) - eles entendem que nós somos humanos, e que há coisas caricatas -, mas, depois, refiro que a minha superior é "tal tal" ela cumprimenta, e digo que me chamo "S." e cumprimenta-me e "ai de você se se esquece da minha cara e vá-se lá embora" (só cumprimenta depois de fazer as necessidades fisiológicas, lógico). Ela respeitou-me, mesmo tendo um momento de distracção e relax - penso que assim, por mim, está bem.
Apenas quero que se lembrem de mim pelo que sou, e não sou fria e explicitamente má sem motivos aparentes.

Espero que, quando actualizar, tenha melhores notícias e menos confusões, ou, pelo menos, outras confusões, que estas já chateiam de serem sempre o mesmo. Não quero ser a melhor de todos, porque o mundo só é melhor se todos fomos iguais e nos virmos como tal - sem melhores, sem piores, sem intolerância, sem distanciamentos, sem constrangimentos, com muito respeito sem ser necessário impor barreiras.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Violência

Venho, por este meio, partilhar algumas das minhas opiniões em relação à violência.

Actualmente, este é um assunto em voga. Possivelmente, seria mais correcto dizer "na moda", pois, por exemplo, há uns tempos era a Maddie, antes a Função Pública e Urgências dos hospitais, a Casa Pia e o Processo Bolonha, entre outros, os temas que foram explorados até à sua exaustão, não trazendo nenhuma solução 100% correcta (digamos que ainda creio que aplicaram Bolonha australopitecamente, estando agora muita gente sem possibilidade de concluir os mestrados dos seus cursos, por ainda não terem sido aprovados, mas não podendo exercer a profissão pretendida, pois a licenciatura já não dá tal grau, et cacetera) .
Digam lá: no ano passado podíamos andar por aí sem haver perigo algum de se ser roubado, ou pior, morto? Aliás, não sei se sabem, mas um dos locais mais propicios a haver casos de violência é dentro dos próprios lares, ou melhor, casas; sim, em Portugal, ainda existe violência doméstica, e não diminuiu (no primeiro semestre do passado ano houve 4330 casos de apoio e no mesmo período deste ano 4699). No entanto, este aumento pode não ser significativo, pois são resultados parciais e semestrais, sendo que, no total anual, podem vir a ser menos que em 2007.
Para ser mais explícita, acredito que a violência não aumentou assim tão drasticamente como a imprensa e os políticos o fazem crer, pois esta sempre existiu - infelizmente, talvez sempre existirá -, mas onde ainda continua com níveis mais preocupantes nem é no exterior, mas sim dentro dos supostos lares, que, ao invés da sua definição, não são seguros, sendo, por isso, casas, manchadas pela violência doméstica - um dos tipos de violência que gera mais violência, intra e extra casa.

domingo, 7 de setembro de 2008

Regresso

Tenho estado ausente, de tudo, na generalidade. Só tenho mantido contacto com um número de pessoas contável pelos dedos da mão, tenho saído com quatro ou cinco pessoas diferentes, e é desses contactos e acompanhantes que tenho saudades.

Tenho me esquecido que daqui a pouco começam as aulas. Até esta semana, quando reparei que os ensaios do Gristo começam daqui a duas semanas e as inscrições para o segundo ano a três.

Ando ansiosa no mau sentido, pois não me apetece nada voltar a Educação, não pelo curso, mas pelo ambiente - digamos que há lá muita palhaçada e muita gente que mais vale ser apenas mera conhecida e travar conversa de nada sobre nada como se nada fosse.

Ando cansada. As férias não renderam como esperava - não me entendam mal, adorei muito do tempo em que estive de férias, mas, desde que a minha mãe foi trabalhar, dá-me nervos estar dentro de casa, pelo que passo o tempo a passear.


Cá em casa há quem me pergunte "Onde é que vives?", à qual respondo "No meu quarto.". Não vejo o Jornal porque, na sua maioria, só transmite tragédias ou futilidades.


Vivo no meu mundo.
No meu mundo onde sou naïve e ninguém tem o poder de me retirar a minha inocência, pois sei que, apesar de tudo, o mundo é belo, e só é belo porque é imperfeito - nos Jornais só mostram a imperfeição, raramente a beleza. O ser humano não é naturalmente mau! Não pode ser! Nada é naturalmente mau, tudo tem a sua réstia de bondade, tal como tudo tem maldade dentro de si....
(continuará)