quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Isto Hoje Tocou-me





Dar Vida
Sem Morrer

(mais informações aqui)

O programa falou por si.




sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Um Exemplo

Ao falar com uma amiga (ela sabe quem é), pus-me a pensar. Não tenho apenas uma "Família": tenho duas, ou "quase-três".
Em cada uma delas, há pessoa(s) que têm um poder tão grande de empatia que me surpreende.
Um deles tem estado patente mais frequentemente.
Agora, espero que não me ponha a fazer brindes, porque não tenho jeito para isso, só para dedicatórias, e não muito!
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Sei que não se agradece em Praxe, sobretudo porque nem toda a gratidão do mundo chegaria para demonstrar o quão reconheço esta pessoa. Não me conhece, mas é quase como se eu fosse um diário aberto, com uma escrita transtornadamente transparente para ele, devido à sua tamanha empatia.
Se não fosse ele, provavelmente, agora já estaria a renunciar algumas coisas, sendo uma delas mais importante que as outras todas: a minha opinião, a minha pessoa. Não sou um exemplo nem o pretendo ser, claro que há coisas que é melhor ocultar, mas não gosto de me fingir outra - nem jeito para tal possuo. Recentemente, estive para tomar a decisão de deixar de ser tudo o que sou, para me calar e consentir sempre. Porém, ele fez-me ver que isso não é certo.
Ele fez-me ver que uma pessoa tem sempre problemas (todos os temos), mas também possui apoio e quem a compreenda, mesmo que tal não pareça, no mínimo não seja apenas ele.
Espero que consiga ultrapassar todas as barreiras que a vida contém, mesmo que seja necessário sofrer. Até o sofrimento tem aspectos positivos (como tornar-nos mais capazes de aguentar, de aproveitar e valorizar a vida, para além de outros) - e é universal, todos, sem excepção à regra, sofremos - e que, nesses momentos (menos bons), esta "coisa croma" aqui estará, até mesmo que necessites apenas de ficar a olhar para um infinito inexistente, parado no meio da multidão, algures no mundo ou no teu mundo.
És um exemplo, e sempre estarás lá, aconteça o que acontecer, e não esqueço as tuas palavras e muito menos as tuas acções. Contudo, não vou seguir os teus passos, isso é impossível para qualquer um de nós, mas vou manter sempre as tuas pegadas na areia à vista.
(E esperar para sempre lembrar o teu exemplo....)

A ti, A.S., a ti.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Sabes que és de Básica quando

  1. Lanças olhares tenebrosos ao que fizer trocadilhos de Básica com básico ("Básica é um curso básico").
  2. Tentas excluir ao máximo palavras do campo lexical de "base".
  3. Repetes umas mil vezes que o teu curso não é o mesmo que Ensino básico, mas sim uma licenciatura que visa servir a Educação Não Formal, tendo como Mestrados os de Educação de Infância, 1º Ciclo de PEB, 1º e 2º ciclos Ensino Básico (e quiçá Ed. Infância mais 1º Ciclo), mas as pessoas teimam em dizer que és de Ensino Básico.
  4. Usas apontamentos de 1º ciclo, Infância e Matemática e Ciências, simultaneamente, para conseguires estudar 2/3 da matéria que deste num semestre, que eles deram num ano.
  5. Passas um dia inteiro só com um queque (se tanto) na barriga, porque têm que trabalhar non-stop e, quando olham para o relógio, a hora do almoço e a dos lanches já passou há muito.
  6. Lembras-te das datas como "o dia da frequência tal", "da entrega do relatório/portfolio/projecto tal" ou "a semana de entrega(s)/frequência(s) (de tal)" ou "a semana de reposição da disciplina tal", "semana da nota de taltal".
  7. Descobres que quase todos os teus trabalhos possuem uma parte teórica, que começas a denominar de relatório, que raramente é lida pelos docentes.
  8. Substituis as palavras professor por docente, tempo livre por tempo para trabalhar, alunos por discentes, putos/miúdos/crianças por educandos.
  9. No dia anterior à entrega dos relatórios, os professores mudam tudo o que este tem que conter.
  10. Começas a tratar o teu projecto por "tu", devido ao tempo nele dispendido.
  11. As horas programadas para fazer algo nunca chegam para tal objectivo, mas o trabalho fica sempre feito.
  12. Na apresentação dos trabalhos, lembras-te de algo que poderia ser melhorado e de outras propostas.
  13. No último momento, reparas que há um pequeno erro ortográfico ou estético nos cartões e etiquetas/relatório/portfolio/projecto.
  14. Já não te lembras de não estudares nem trabalhares.
  15. Estimas um limite mínimo de 15€ para imprimires cada relatório.
  16. Sabes os preços das fotocópias e encadernações nos locais circundantes.
  17. Em vez de dormires oito horas na cama, dormes 2 horas durante as aulas e duas na cama.
  18. Sabes dum monte de coisas que aprendemos mal, desde o jardim-de-infância ou o 1º ciclo.
  19. Sabes o porquê de se cometerem certos erros e qual a forma acertada, mas chegas aos momentos de avaliação e aplicas tudo ao contrário, porque andaste a acumular horas de sono, devido àqueles projectos de há três semanas, da semana anterior e de ontem.
  20. Sabes que a tua licenciatura para pouco mais do que Educador Social dá.
  21. O plaffon para cada projecto - parte didáctico-pedogógico-prática - passa a ser superior a 12€ por cada um dos elementos do grupo.
  22. Aprendes coisas de Matemática que nem em Engenharia dão.
  23. Reaprendes a fazer contas de dividir e outras coisas que pensas serem elementares e não o são, ao saber o que realmente estás a fazer (e há muita coisa escondida).
  24. Olhas à tua volta e a percentagem de homens é inferior a 10%.
  25. Sabes os mails e os números dos cacifos dos professores.
  26. Passas mais tempo na ESE ou no Campus que em casa.
  27. As funcionárias da biblioteca já te conhecem pelo nome e te perguntam sobre que tema estás à procura.
  28. Já sabes as prateleiras onde estão livros de certos temas.
  29. O único tempo livre que tens é gasto em quatro a seis horas semanais de ensaios ou outra actividade.
  30. Sabes o que é dormir descansado, mas já não o fazes desde que o primeiro mês do semestre passou.
  31. Dormes oito horas seguidas? Provavelmente, nós não.
  32. Acabas de fazer um projecto e o seu relatório. Olhas pela janelas, respiras fundo. Alguém do teu grupo diz: só falta mais um portefólio/relatório e não-sei-quantas frequências.
  33. Tens um trabalho pronto na semana anterior? Na noite anterior à entrega, alguém decide acrescentar algo no trabalho e todos ficam acordados até às tantas.
  34. Olhas para os trabalhos e ficas com a sensação que faltam lá sempre pequenos pormenores, por muitas semanas e horas que tenhas dispendido nele.
  35. Identificas-te com o que disse.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Não é por nada....

Mas uma das minhas músicas favoritas é a Unwritten da Natasha Bedingfield
Coincidência?
Porque às vezes até me dá na gana para fazer este género de testes.

Sinceridade

Não há nada como nos enganarmos a referir algo ou no referente a quem dizemos tal.
Qual é o mal de alguém ficar a saber o que realmente pensamos dele ou dela, se a nível relacional nunca lhe prometemos nem fingimos nada em contrário? Não se perde um amigo ou amiga, porque essa pessoa não nos era tal, nem ela o perde, pois também não lho éramos.
Não há mal nenhum em, depois de ouvirmos alguma citação desse espectro, explicitarmos os nossos sentimentos perante a verdade: fica-se magoado ou, no mínimo, aborrecido. É preferível que se admita tal do que contrapor ao dito com um "não fico magoada, não levo a mal" ou algo assim, porque - ó-b-vi-o - se ficou (quem não ficaria?) magoado, dado que ninguém gosta de ouvir críticas negativas. Isso só demonstra mais cinismo.
Pelo menos, seria o que faria. Ou então, um "São opiniões." (demonstra que sou directa e, concomitantemente, estou magoada e, em adição, que posso não concordar com o referido).
Mas o cinismo, esse não permite a certas pessoas admitirem e demonstrarem o que pensam, mesmo tendo sido confrontadas com a verdade....
Lição do Dia:
Há males que vêm por bem.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Quando as dedicatórias são feitas a mim...

Fico um pouco sem entender o motivo delas... não estou habituada a coisas em minha honra, porque realmente não creio que faça algo por aí além para merecer tal honra. Sobretudo quando são feitas por pessoas que tenho como referência numa determinada área, em momentos mais complicados, onde, de certo modo, sei que, em parte, também poderei ter sido percursora das consequências.
Se, ao menos, essas pessoas soubessem que quando tomo determinada da qual não estou segura penso no que elas fariam, compreenderiam o porquê de não crer que mereço nenhumas honras: as minhas acções foram tomadas tendo em conta o exemplo delas (e as minhas asneiras, a minha e somente minha opinião).
Esse tipo de coisas costuma vir cheia de lições de vida, lições para lembrar, interpretar e usar. Prefiro-as aos elogios e et ceteras que poderão referir. Os elogios não são tão produtivos, tendem a pôr o ego em cima, tornando-o insuflado demais. As lições já "dão para ambos os lados": podem, simultaneamente, fazer-nos reflectir de aspectos positivos e negativos das nossas acções e pessoa.
Mas, à minha pessoa, são sempre estranhos e costumam surgir em dias especiais (especial pode ser ou não positivo) e precedidos ou procedidos por conversas sérias.
Conversas que ficam guardadas como jóias num baú do tesouro, onde apenas as pessoas em causas estão autorizadas a saber do que se falou. Onde a nossa consciência e coração são questionados e algumas respostas fornecidas pelos outros intervenientes, mas outras por nós mesmos, mas muitas, muitas questões colocamos a nós mesmos. Poderemos voltar a necessitar da ajuda dos outros envolvidos, mas essas serão respondidas ao longo do tempo, ao longo do pensamento e experiência.
E mesmo sendo momentos de desconforto, também se tratam de aprendizagem, de verdade, relacionamento.
Mesmo assim, ainda me são estranhos, estes acontecimentos.
(Não vou colocar etiquetas nesta mensagem, já que nenhuma se adequaria perfeitamente a esta, nunca. Quem o sabe, sabe, quem não o sabe e o merecerá saber, saberá o que terá a saber, os outros, de nada saberão)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Pinturas de sonhos e da lua

Esta música toca-me, não sei porquê. Apenas porque sim, porque gosto da sonoridade, de um não sei quê que a letra tem.
Como já referi há palavras para mim especiais que possuem significados ou simbolismos muito queridos que, por vezes, sou eu mesma a agregar-lhes.
Sem sentido para outros, apenas para mim. Talvez até de forma tão profunda, interiorizada e inconsciente que não sei os motivos.



Tatuagens
(Mafalda Veiga e Jorge Palma)


Em cada gesto perdido
Tu és igual a mim
Em cada ferida que sara
Escondida do mundo
Eu sou igual a ti

Fazes pinturas de guerra
Que eu não sei apagar
Pintas o sol da cor da terra
E a lua da cor do mar

Em cada grito da alma
Eu sou igual a ti
De cada vez que um olhar
Te alucina e te prende
Tu és igual a mim

Fazes pinturas de sonhos
Pintas o sol na minha mão
E és mistura de vento e lama
Entre os luares perdidos no chão
Em cada noite sem rumo
Tu és igual a mim
De cada vez que procuro
Preciso um abrigo
Eu sou igual a ti
Faço pinturas de guerra
Que eu não sei apagar
E pinto a lua da cor da terra
E o sol da cor do mar
Em cada grito afundado
Eu sou igual a ti
De cada vez que a tremura
Desata o desejo
Tu és igual a mim
Faço pinturas de sonhos
E pinto a lua na tua mão
Misturo o vento e a lama
Piso os luares perdidos no chão